Posts com a categoria ‘ostrascoisas’

29

Oct

20

O novo Murakami

comendadorDia Nacional do Livro. Deixe uma sugestão de leitura e diga por que gostou.
A minha é O assassinato do comendador, de Haruki Murakami, inspirado em O grande Gatsby, de Scott Fitzgerald.
A narrativa é contada em primeira pessoa por um pintor de retratos de 36 anos que se separou da mulher. Depois de um tempo viajando de carro pelo norte do Japão, vai morar numa casa isolada no alto de uma montanha, pertencente a um pintor famoso já aposentado e senil. Um dia ele sobe ao sótão, onde encontra a pintura que dá nome ao romance.
O protagonista vive uma experiência estranha na casa: em algumas madrugadas, escuta o som de um pequeno sino vindo da floresta próxima. A maneira como ele lida com esse mistério, com a ajuda de um vizinho milionário e solitário, conduz a história a uma fascinante investigação da natureza humana e da arte, com toques de realismo fantástico.
Li em volume único na tradução em inglês, bem fácil de entender, com prosa fluida e coloquial. No original em japonês e na tradução em português, o livro é dividido em duas partes. Sem dúvida, um dos melhores de Murakami.
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20

Sep

15

Ainda sob impacto de Que horas ela volta?. Filmaço! Diz tanto sobre a história do Brasil e sobre a condição da mulher. Sensível, inteligente, bem humorado e sem discurso panfletário. Sem dúvida, um dos melhores filmes da década. De baixo orçamento e poucas locações, sem tiros, sem efeitos especiais e sem perseguições de carro. Pleno de vigor, com roteiro e interpretações primorosas. Gostei muito dos detalhes sutis que ajudam a contar a história, como a cuba de gelo vazia no congelador e “o sorvete de Fabinho”. Fico curioso pra saber como vai ser visto em outros países. Essa herança escravagista misturada com cordialidade hipócrita deve ser meio difícil de entender por quem não é brasileiro. “Que horas…” vai além disso, aponta pra mudanças. Vejam, e levem os filhos, pais, maridos, namorados e alunos.

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06

Feb

15

“A vida é muito curta pra beber cerveja ruim”

Emerson Bernardes - Das Bier

Emerson Bernardes da Das Bier.

Reportagem que publiquei no Valor Econômico em 30 de janeiro.
~
“A vida é muito curta para beber cerveja ruim”, filosofa o cartaz na Cervejaria Sambaqui, localizada no centrinho histórico do bairro Santo Antônio de Lisboa, na capital catarinense. A frase bem-humorada resume uma motivação que tem levado milhares de brasileiros a fabricar a bebida em escala artesanal – em casa, para consumo próprio e dos amigos, ou em microcervejarias, para abastecer o mercado com variedades especiais da bebida alcoólica mais popular do mundo. São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro lideram o número de empreendimentos. Nos últimos dez anos, as microcervejarias e a cultura da homebrewing ganharam força no Brasil, graças à internet e à importação de tecnologia dos Estados Unidos, país de longa tradição na área, onde existem 3,2 mil microcervejarias. As brasileiras já são cerca de 200 conforme o governo, 300 segundo o mercado, e estima-se que cheguem a 700 até 2024. Em Santa Catarina, esse renascimento é reforçado pelas tradições dos descendentes de imigrantes alemães. A sinergia com o turismo das festas típicas tem estimulado a atividade. (…)

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25

Jan

15

De volta outra vez

Mais de quatro meses sem postar. Definitivamente, as redes sociais drenaram a energia também desde blog. Mas como cheguei à web em 2000, bem antes do Facebook, do Twitter e do Instagram,  acho que vale insistir. Agradeço a fidelidade de meus 17 leitores.

A cobertura das eleições e toda a correria dos últimos meses de 2014 não justificam minha ausência, mas explicam um pouco. Preparar férias de frila não é mole. Muito trabalho pra limpar a pauta e conseguir três semanas livres – leia-se, não-remuneradas  - em dezembro.

Viajei com a Laura, o Miguel e o Bruno pro Peru. Maravilha! Na rota, Cusco e Machu Picchu – minha primeira aventura de mochileiro, aos 23 anos de idade – e Lima, que eu ainda não conhecia. Foi uma experiência fantástica e enriquecedora pra nós todos.

Descansei também da internet, exceto pras coisinhas práticas ligadas à aventura em si. Mas não parei de escrever. Levei um caderninho verde e fiz um diário de bordo, que em breve vai ser engrossado com outras anotações.

A ideia é dar dicas pra quem deseja fazer essa viagem de forma econômica e com crianças. Fontes de pesquisa, preparação da bagagem, documentos, softwares de apoio, roteiros sugeridos, leituras etc. Assim que o texto completo estiver pronto, vou publicá-lo aqui em partes. Sem pressa.

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06

Aug

13

Elas estão chegando

Quase três meses sem publicar no blog. Então, pros historiadores do futuro, um resumo dos acontecimentos vistos daqui:

Revolta do Vinagre se espalha pelo país e pelo mundo. Não é só pelos vinte centavos. Alguma coisa diferente aconteceu. E todos ainda estão tentando entender o que é.

De baderneiros a heróis nacionais, os manifestantes ganharam cobertura esquizofrênica da grande mídia.

As redes sociais bombaram.

Caco Barcellos foi hostilizado pela multidão ignara.

Brasil ganhou da Espanha na Copa das Confederações, evento em que a polícia militar ensaiou o seu modus operandi para a Copa 2014. A seleção canarinha se apresentou com arte que não se via há tempo. Mas é bom nem elogiar demais.

Neve assim não caía há décadas. Em Santa Catarina, cem cidades. Nevou até no Cambirela, em Palhoça, a 20 km de Florianópolis. Há quem queira rebatizar o município para Barilhoça. E incluir o Abominável Homem das Neves no folclórico Boi-de-Mamão.
A tainha foi fraca.
As baleias estão chegando.
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04

Jun

12

Miguel crescendo na Ilha de Santa Catarina

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30

Jan

12

Sonho 30.01.2012

Sonhei que era funcionário público e trabalhava numa mesa ao lado do Zé Dassilva. Aí uma pessoa me procurou com uma proposta pra que escrevesse “frases engraçadas e criativas” pra uma revista. Recomendei que ele falasse também com o Zé, “o melhor frasista da América do Sul”. Aí o cara nos disse que o orçamento da revista era apertado e eles iriam nos remunerar colocando nosso nome no expediente e assinando as matérias, o que iria projetar a gente no mercado. A partir daí o sonho ficou confuso, mas lembro que o Zé e eu fizemos várias piadinhas com o cara e não aceitamos a oferta. Acordei e tocou o telefone. Era o Zé, que tava em Floripa e me chamava pra ir pra praia com o Blue.

p.s.1: Terminamos não indo porque a Luísa foi picada por mosquitos e tava com o pé machucado.

p.s.2: Um blog que tem tudo a ver com esse sonho é o do Di Vasca. Boas risadas garantidas, principalmente pra quem tá acostumado a receber propostas indecentes de trabalho.

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23

Oct

11

Canário

Prefiro assim: passarinho solto.

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01

Oct

11

No tempo em que não havia ultrassom

Meu amigo João Augusto Dantas, de Natal, que faz aniversário hoje (“pedalei 98 km de manhã, fui a Nísia Floresta e voltei”), me contou uma história que meu pai contava e eu nem lembrava mais:

No tempo em que não havia ultrassom, um médico de Recife ficou famoso por adivinhar o sexo do bebê ainda na barriga das mães, só de tocar no umbigo delas. Todas as grávidas queriam fazer pré-natal com ele. Até que um dia o médico brigou com a enfermeira e o segredo de seu dom veio a público.

No exame, ele previa: “É um menino”. Mas depois falava pra enfermeira anotar “menina” na ficha, e acertava 50% das vezes. Quando o bebê nascia, algumas mãe reclamavam: “Mas doutor, o senhor disse que era menino, fiz todo o enxoval azul e veio menina!”. Ele, rápido: “Vamos consultar a ficha. Viu aqui? Menina. Foi o que eu tinha dito, mas a senhora, emocionada, se confundiu”.

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28

Sep

11

Drops de primavera

Tempinho sem postar aqui. Dias corridos, mas também de bons momentos offline.

Depois de anos sem fazer a trilha da praia de Naufragados, voltei lá há duas semanas com Laura e os meninos, Sônia, Neto e a meninada deles. Passeio maneiro, com direito a riachinhos pelo caminho, cerveja na praia e retorno de barco. A volta foi meio mexida porque pegamos vento Nordeste pela frente – tava quase um Cabo Horn manezinho. Acho que agora já tenho direito a uma argola na orelha esquerda.

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Domingão diliça na casa da Claudinha e do João na Costa da Lagoa, com os amigos queridos Magrão, Elô, Kátia e Maurício. Criançada (7 meninos e uma menina) passou o dia inteiro jogando bola e o tempo voou ligeiro pra todos.

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Nova parceria com Fernando Evangelista, Ju Kroeger e Chico Faganello, desta vez num projeto rápido de vídeo institucional, bem gostoso de fazer.

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No Rio, nasceu a Malu, filha da Renata e do Victor. Bonequinha linda, fofa, um encanto. E isso porque só conheço de foto, imagina quando eu puder pegar no colo e dar um cheiro.

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Dois amigos estiveram em Praga com poucos dias de diferença um do outro: Zé Dassilva e Anita Dutra. Antes de viajarem, dei algumas dicas e nisso terminei “viajando” junto. A capital tcheca é uma das cidades mais bonitas que já conheci e tenho belas lembranças de lá.

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Durante a Semana do Jornalismo da UFSC, tive o privilégio de conhecer umas figuras especiais: Natalia Viana, da recém-criada agência Pública de jornalismo; Ricardo Viel, ex-repórter da Folha de SP que se despedia pra uma temporada de estudo na Espanha, e Marino Mondek, estudante de Pedagogia e membro do DCE da UFSC. Todos juntos comendo pizza e dando risada na casa do Fernando e da Ju, com outras gentes boas.

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Feliz com a vitória da Chapa 2 na eleição pro Sindicato dos Jornalistas de SC. Mudança importante, depois de duas gestões que deixaram muito a desejar. No próximo sábado vai ser a festa da posse.

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Estou fazendo assessoria na campanha pra Reitoria da UFSC, junto com a moçada da Quorum Comunicação. Nosso candidato é o professor Dilvo Ristoff, homem de letras e de ação, bom administrador e aberto ao diálogo. É o tipo de trabalho que faço com prazer, pois vai além da dedicação profissional. Tenho convicção de que, se eleito, ele vai ser um excelente reitor, amigo da cultura e do resgate da autoestima da Universidade.

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Já temos amoras no quintal.

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