07
Jul11
De volta
Ficamos fora do ar desde ontem à noite por causa problemas técnicos insondáveis pra mim, mas que o talentoso @fabricioboppre tirou de letra e acaba de solucionar. Pra quem ainda não conhece, Fabrício é o designer-programador-filósofo que há mais de um ano é meu parceiro numa brincadeira estimulante, sem prazo pra terminar: a construção desta nova versão do blog no WordPress, baseada no conceito estético japonês de wabi-sabi – que, trocando em miúdos, é a aceitação da impermanência. Bola pra frente.
04
May11
De volta
Depois de uma pausa, este blog retorna aos poucos, sem compromisso com ninguém, nem com temas ou prazos, como sempre. Obrigado por navegar junto com DVeras em Rede.
30
Mar11
Apertando parafusos
Dia dedicado a fechar a entrega de diversos produtos, complementando a jornada de 15 horas seguidas que rolou ontem. Trabalhei em casa – coisa boa. Nos intervalos, aproveitei pra apertar uns parafusos aqui no blog: estou preenchendo os endereços RSS em um widget que mostra, na barra aí da direita, as atualizações dos blogs listados. Já cheguei na letra F. Nesse recorta e cola, vi que vários blogs super legais estão abandonados e aproveitei pra revisitar alguns por onde eu não passava faz tempo. Há pouco abri uma lata de cerveja pra comemorar o fim de uma etapa importante do projeto em que tou envolvido. Agora, no som, o grande Paulinho da Viola.
30
Jul10
DVeras em Rede, 10 anos
Pra não deixar a data passar em branco: há dez anos, em um dia qualquer de julho de 2000, nascia o web log DVeras em Rede. Uma combinação de diário digital, laboratório de redação, arquivo de resenhas e reportagens, catálogo de fotos, cápsula do tempo, depósito de pequenas insanidades e outros usos que fui descobrindo com o tempo. Algumas coisas que você não perguntou sobre este blog, mas vou contar assim mesmo:
- Os dois inspiradores foram os blogurus Nando Pereira e Nicholas Frota, jornalista e designer brilhantes com quem eu trabalhava. Na mesma época e lugar surgiram também o Pinkdress, que depois iria se transformar no delicioso blog da Dadivosa; e o C.r.i.m.i.n.a.l., que não sei por onde anda.
- DVeras em Rede nasceu em um apartamento na rua Paulino Fernandes, a uma quadra do metrô de Botafogo, no Rio. Alimentava-se com uma conexão de 128 Kb, num berçário chamado Geocities. O primeiro background do blog era cor de creme, horroroso. Depois mudei pra branco e adotei uma linha mais minimalista.
- Nesses dez anos, o blog hospedou-se nas seguintes plataformas: Geocities; f2s; Blogger; Blogger Brasil (que não deixou saudade nenhuma); Globalite (também não fez falta); novamente Blogger e, no início de 2009, WordPress. Parte dos posts se extraviou, mas desconfio que a humanidade não perdeu grande coisa.
- DVeras em Rede nunca mudou de nome. Houve um tempo em que pensei em rebatizá-lo de DVeras na Rede, mas abri uma cerveja, refleti e desisti – era uma mudança muito radical.
- Uma das primeiras logomarcas do blog foi desenhada pelo amigo Zé Dassilva, que morou com a gente um tempinho quando chegou ao Rio – e hoje é quase um carioca da gema, embora ainda torça pro Criciúma.
- DVeras em Rede nunca teve anúncio ou patrocínio, por dois motivos: não procurei, nem fui procurado. Contudo, se você tiver uma proposta interessante, posso estudar…
- …mas um dos pré-requisitos é manter a “linha editorial”: este é um blog sobre assuntos aleatórios, em que coerência temática passa longe das preocupações.
- Por que blogo com regularidade há dez anos? Vou levar outros dez pra responder. As principais motivações racionais foram os desejos de criar um espaço de livre-pensar e de usar a ferramenta pra praticar a autodisciplina da escrita. Mas às vezes acho que é pura compulsão mesmo. Mardita compulsão divertida!
- DVeras em Rede tem poucos leitores, mas de alta qualidade. Nunca me esforcei pra divulgar o blog. As pessoas vão chegando, a maioria lê em silêncio e se manda; algumas trocam um dedo de prosa nos comentários, vão embora e depois retornam, ou não. É simples assim. Já conheci gentes finas através do blog.
- Passei anos sem moderar os comentários, mas nos últimos tempos tive problemas com uns malas e precisei apagar alguns. Quando migrei pro WP, passei a usar uma ferramenta pra moderar comentários (só na primeira vez do elemento) e filtrar spam.
- Uma das coisas que me mais me divertem é conferir as palavras-chave que os paraquedistas do Google usam pra chegar até aqui, tipo: como lavar um gato em casa; fotos de cocô e xixi humano; o pintinho em forma de poesia, posição baião-de-dois e dispositivo para repelir gambás. Não se pode atender a todos.
- O segredo pra blogar durante dez anos: quando estou sem saco ou tempo pra escrever, adoto uma dessas opções: reblogar a mim mesmo, recuperando um texto antigo; reblogar os outros; contar piada; publicar anotação de leitura (aliáas adoro fazer isso e depois reler); publicar uma foto. Também deixo dias sem atualizar, sem remorso, mesmo sabendo que não é o ideal. Essa é uma das vantagens de não ter compromissos publicitários.
- Um dilema cotidiano é como preservar a intimidade sem tornar o texto insípido, impessoal. Isso requer bom senso e um delicado equilíbrio, atributos que provavelmente não tenho de sobra, mas estou na busca. Como regra geral não publico meu endereço, fotos dos rostos dos filhos, detalhes da minha vida sexual / intestinal ou referências a reportagens em andamento. Talvez devesse enfrentar melhor a timidez, é uma coisa em que sempre penso. E lembro de meu ídolo John Fante na definição de Bukowski: “Finalmente um escritor que não tem medo da emoção”.
- Blog versus redes sociais: o twitter e o facebook desviaram um pouco a minha atenção do DVeras em Rede ultimamente, mas acho que funcionam mais como complementos que como “rivais”. Há coisas que só um texto mais longo pode dar conta. E outras pras quais bastam 140 toques ou menos.
- Fase WordPress: é muito boa a nova plataforma pra gerenciar o blog, mas ainda estou engatinhando no uso dos recursos. O novo design, “em construção”, está sendo feito num trabalho conjunto com Fabrício Boppré, leitor do blog que é também designer e programador de mão cheia e se ofereceu pra uma parceria voluntária. As mudanças se inspiram na filosofia/estética japonesa wabi-sabi, mas deixo que o próprio Fabrício desenvolva isso melhor uma outra hora, num post convidado.
- O que mais gosto de escrever aqui no blog? Sem dúvida, as Miguelices e Brunitezas. Sou fãzaço dos meus meninos. Espero que, mais adiante, eles se divirtam com as frases e historinhas que registrei da infância deles.
17
Jun10
Problemas técnicos
“Estivemos fora do ar por alguns instantes por falta de energia elétrica em nossos geradores”. Lembram disso, quando a TV saía do ar nos anos 70? Bom, aqui o caso foi outro: um bug no WordPress fez com que os posts agendados não entrassem nas datas programadas (é, às vezes agendo umas coisitas aqui). Aí o Fabrício foi ver se resolvia e alguns arquivos deram tilt. O blog ficou fora do ar por um dia. Agradeço a ele e ao Rodrigo Lóssio, que gentilmente hospeda este blog no servidor da Dialetto, pela paciência e boa vontade que tiveram pra resolver a parada.
08
Feb10
Migração em andamento: resenhas
Tenho aproveitado umas horinhas livres pra fazer aos poucos a migração do blog antigo pra este, com a ajuda inestimável do desenvolvedor web Fabrício Boppré, voluntário na empreitada do novo DVeras em Rede. Neste fim de semana, salvei diversas resenhas de livros que estavam dispersas no Blogger, em Googlepages e em outros sites, reunindo-as em páginas novas no WordPress. Uma parte delas foi escrita em 2001 quando eu fazia frilas para a Editora Rocco – são, portanto, resenhas-releases, mas selecionei só os textos sobre livros de que realmente gostei e recomendo. Entre meus favoritos, As consolações da filosofia, de Alain de Botton, e A política do rebelde – tratado de resistência e insubmissão, de Michel Onfray.
Há também algumas resenhas que bloguei mais recentemente, como as impressões sobre e o livro de contos Meias vermelhas & histórias inteiras, de Marcos Donizetti, e sobre o livro de poemas Os mortos na sala de jantar, de Ademir Demarchi, no início de 2008. Falta ainda compilar muita coisa, não há pressa. Penso em também reunir anotações de leitura, posts em que reúno trechos que me marcaram em diversas obras. Em mudança de pobre, sempre se perde alguma coisa pelo caminho. Marquei bobeira ao não ter salvado os textos que estavam arquivados na extinta Geocities. Cheguei a recuperar alguns usando o Internet Archive, um fantástico “túnel do tempo” que tenta preservar a memória da grande rede – mas não faz milagres.
Enfim, continuamos em obras. Enquanto não volto a postar com mais regularidade, talvez algumas dessas dicas de leitura possam ser úteis. Deixo com você três consolações da filosofia como degustação para o livro de Alain de Botton, que continua tão atual quanto Epicuro, Sêneca e Nietzsche:
Epicuro e sua filosofia da busca de felicidade pelo prazer são um alento para quem tem pouco dinheiro. Segundo o epicurismo, a felicidade é relativamente independente dos bens materiais. Os ingredientes essenciais para uma vida agradável são a amizade, a liberdade e a reflexão serena sobre as principais fontes de ansiedade – morte, doença, fome, superstição.
Consolação para a frustração aborda a vida de Sêneca, cuja obra é permeada por uma única tese: a de que suportamos melhor as frustrações para as quais nos preparamos e somos atingidos principalmente por aquelas que menos esperamos. O filósofo romano propôs que se tenha sempre em mente a possibilidade de uma tragédia e que não se deve surpreender com nada: “O que não pode ser modificado precisa ser suportado”.
…
Consolação para as dificuldades resgata as idéias de Friedrich Nietzsche, para quem é impossível atingir uma vida plena sem passar por grandes períodos de dificuldade. Nietzsche utilizava uma analogia com a jardinagem para ressaltar a importância da valorização dos elementos negativos da vida humana: “Se fôssemos ao menos terrenos férteis, não permitiríamos que nada se tornasse inútil e veríamos em cada acontecimento, em cada coisa e em cada homem um adubo bem-vindo”.
10
Jan10
As obras continuam
O novo DVeras em Rede continua em plena mudança, com ajustes on the fly. Esta coluna de posts já está ok, mas as duas da direita ainda estão capengas – o material do blog antigo chega daqui a pouco. Vá entrando, sente num caixote e não repare a bagunça.
05
Jan10
Em obras
Ainda estamos fazendo os últimos ajustes no design e desencaixotando a mudança pro WordPress. Mais uns dias e DVeras em Rede retorna à ativa. Enquanto isso você pode me acompanhar pelo twitter.
29
Dec09
DVeras em Rede muda de casa
Amigas leitoras, caríssimos leitores,
Neste final de 2009, despeço-me do domínio blogspot.com e da plataforma Blogger (Google). Foram bons anos de serviços prestados a mim por essas empresas, com qualidade e evolução permanentes, e de graça. Sou muito grato a elas por isso, mas agora é hora de experimentar brinquedos novos. Estou migrando o blog para a plataforma WordPress porque ela me oferece melhores ferramentas pra dar conta dessa deliciosa compulsão blogueira que exercito desde 2001. Aproveitei pra registrar um domínio. A nova URL de DVeras em Rede passa a ser http://dauroveras.com.br e deve ser ativada em mais algumas horas ou dias.
Comecei a preparar o novo ambiente do blog no começo do ano, em parceria com o designer, programador (e leitor do blog, onde nos conhecemos) Fabrício Boppré. Avançamos aos poucos nas nossas horas vagas, quase sempre a distância – a princípio com ele morando em Paris e agora, de volta à Ilha de SC. Nossa inspiração é a visão estética japonesa conhecida como wabi-sabi – conceito da beleza que é imperfeita, impermanente e incompleta. Suas características são assimetria, aspereza, simplicidade, modéstia, intimidade e a sugestão de processos naturais. Não tenho ideia se vamos chegar nem perto disso, mas a proposta é estar sempre em construção.
Vou me dedicar uns dias à migração, entre outras cositas. A gente se vê em 2010. Abraços, saúde e paz!
p.s.: informes extraordinários, ou ordinários mesmo, pelo twitter.
20
Sep09
Creative Commons
Este texto tá no final da homepage do blog, mas poucos dos meus 17 leitores devem chegar até lá. Então vou dar uma colher-de-chá pra ele e botá-lo em destaque, aproveitando pra dizer que DVeras em Rede é Creative Commons.
“Você pode copiar, distribuir, exibir e executar a obra, sob as seguintes condições:
Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante [ Dauro Veras – http://dauroveras.blogspot.com/ ].
Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais.
Vedada a Criação de Obras Derivadas. Você não pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.”