Posts com a categoria ‘C&T’

20

Oct

19

Pantheon: ferramenta de visualização interativa

pantheon

Projeto bem interessante de visualização interativa lançado esta semana pela Datawheel, empresa com sede em Cambridge – Massachusetts e escritórios em Washington DC, Santiago e Concepción (Chile). O Pantheon faz um ranking de popularidade de mais de 70 mil biografias a partir de dados disponíveis em 15 idiomas da Wikipedia.

Os dados mais atualizados, de meados de 2019, mostram que a biografia online mais popular é a de Maomé, seguida de perto pelas de Jesus, Leonardo da Vinci, Genghis Khan e Isaac Newton. As biografias mais populares de mulheres são as de Joana D’Arc, Maria (mãe de Jesus), Elizabeth II, Marie Curie e Elizabeth I. No Brasil as dez biografias mais populares são as de Pelé, Santa Ana, Paulo Coelho, Garrincha, Oscar Niemeyer, Ayrton Senna, João Gilberto, Dilma Rousseff, Lula e Michel Temer.

A Datawheel foi fundada pelo físico chileno Cesar Hidalgo, professor das universidades de Toulouse, Manchester, Harvard e MIT. Hidalgo é conhecido pela criação do campo da Complexidade Econômica, que usa dados desagregados e métodos de rede para explicar e predizer dinâmicas de desenvolvimento econômico. Ele também é referência por suas ideias sobre o uso da inteligência artificial na democracia.

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16

Jun

15

Eficiência energética no fogão a lenha: carta de Alcino Alano

Recebi esta carta do sr. Alcino Alano sobre o seu inovador sistema de aquecimento em fogões a lenha (reportagem de 30.01.13), que tem recebido muitos pedidos de compra aqui nos comentários do blog. Alano explica por que o invento ainda não está à venda e os passos que precisam ser dados para que isso ocorra.

Gratos pelo interesse de tantos nessa modesta alternativa de aquecimento, e nos perdoe pela demora no retorno com a explicação do porque o mesmo ainda não está sendo comercializado. Um breve histórico do projeto os fará compreender os nossos motivos. Não apenas pela nossa falta de estrutura na instalação do sistema, mas também pela falta de assistência ao adquirente em caso de algum problema.

Observem que foi graças ao apoio e estrutura da Celesc e Epagri, em todo o Estado, somado ao envolvimento de muitas pessoas de diversos segmentos, que 200 famílias com baixa renda foram beneficiadas com esse projeto em algumas regiões frias de Santa Catarina. O Globo Rural, programa que foi ao ar no dia 25/08/2013, passa uma ideia do funcionamento e diferencial desse sistema, em: http://novoportal.celesc.com.br/portal/index.php/noticias/1137-banho-de-energia-no-globo-rural , onde comprova que sem a estrutura e o apoio das Empresas acima citadas, essas famílias jamais teriam sido beneficiadas com o projeto.

Como a Celesc pretende inserir esse projeto no Programa de Eficiência Energética da Empresa, mas depende de aprovação da ANEEL, é obrigatório que o boiler seja certificado pelo INMETRO e equipes sejam capacitadas para instalação do mesmo.

Nos 200 que foram instalados, com a intenção de reduzir custos e beneficiar mais famílias, em comum acordo, optamos por um tipo de boiler com limites de temperatura e isolamento térmico com menor eficiência, o que não nos permitiu aproveitar todo o potencial do calor desperdiçado pela chaminé. Esse tempo de espera e o boiler certificado, nos possibilitaram desenvolver um outro recuperador de calor bem mais eficiente. Tanto que se instalado sobre um fogão foguete, (rocket stove), a água retorna quente ao boiler numa vazão média de 1,5 litro/minuto e em temperaturas na casa dos 80°C, temperatura essa o suficiente para higienizar os equipamentos  de ordenha.

A revista Agropecuária Catarinense, março de 2015, traz uma matéria com o título: “Um foguete na sala de ordenha”, na página 17, com os resultados alcançados com os 02 protótipos instalados no norte do Estado, na região de Canoinhas, neste endereço: http://docweb.epagri.sc.gov.br/website_epagri/RAC93_Mar-2015.pdf .
Sobre a disponibilidade e preços dos equipamentos, dependemos da implantação de uma quantidade maior por parte da Celesc, e de outras parcerias interessadas, para que possamos disponibilizá-lo comercialmente a um preço justo para ambos, e com a estrutura necessária de instalação e assistência técnica no maior numero de regiões.

O projeto é simples, mas requer um conhecimento básico sobre convecção térmica (termossifão), e outros cuidados na instalação. Afinal o nosso propósito é oferecer conforto e economia, não dor de cabeça. Mas assim que tivermos qualquer novidade, prometemos veicular aqui neste e em outros endereços, o andamento e disponibilidade de 
comercialização do mesmo.

Desculpem por nos estender, é que achamos interessante comentar sobre as mudanças no projeto e suas perspectivas de utilização.

Atenciosamente,
José Alcino Alano e família
solucoessustentaveis@gmail.com
048)3622.2116

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26

Apr

14

Estudante da UFSC cria filtro para despoluir poços no Camboja

Pedro Teixeira, estudante de Química da UFSC

Pedro Teixeira, estudante de Química da UFSC

O universitário catarinense Pedro Rolan Teixeira, 24 anos, participante do programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras, do governo federal, desenvolveu na Coreia do Sul um projeto inovador relacionado à água. Em fevereiro de 2013 o estudante, que cursa graduação em Química na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), começou um estágio no Instituto de Interfaces Biológicas da Universidade de Sogang, em Seul. Lá passou um ano aperfeiçoando um purificador portátil que vai ajudar no enfrentamento de um grave problema de poluição de água no Camboja: a contaminação natural de poços por arsênio. O protótipo do filtro foi criado com uma impressora 3D. Teixeira ganhou destaque na mídia local e elogios do governo coreano. Publiquei esta reportagem na edição de 21 de março do Valor. No texto, também abordo os avanços obtidos para a disseminação de tecnologias sociais de enfrentamento da seca no Semiárido Nordestino. O Programa Um Milhão de Cisternas, lançado pela  Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) em 1999 e depois incluído no Orçamento Geral da União, deve chegar a 900 mil unidades construídas até o fim de 2014, número próximo à universalização do acesso. A ong desenvolve uma pesquisa para tentar compreender quais inovações as famílias da região utilizaram para sobreviver à seca de quatro anos que terminou em 2013 – a maior das últimas três décadas.
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01

Apr

13

Projeto apoia 20 startups catarinenses

João Bernartt, fundador da Chaordic

João Bernartt, da Chaordic: sistema inovador de recomendação de produtos no comércio eletrônico já é adotado pela Saraiva, Walmart e NovaPontocom

Projetos originais de base tecnológica com potencial para gerar bons negócios vão ganhar um “empurrãozinho” em Santa Catarina. O programa de capacitação Startup SC, lançado em janeiro pelo escritório estadual do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o governo do estado, oferece apoio para ampliar as chances de sobrevivência desses empreendimentos. Fez parte da programação o seminário Startup Weekend, realizado no final de março em Florianópolis. Os participantes receberam consultoria sobre a viabilidade de suas ideias e tiveram a oportunidade de apresentá-las a investidores. Mais de 600 empresas já foram criadas em eventos semelhantes em 25 países, informam os organizadores. A iniciativa integra o programa Startup Brasil, que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou no final de 2012.

Clique aqui para ler a íntegra da reportagem que publiquei sobre o assunto no Valor Econômico de 28 de março.

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23

Mar

13

Microrredes elevam a qualidade dos serviços

Em um prazo de cinco a dez anos, as microrredes vão se tornar realidade no setor elétrico brasileiro, preveem os especialistas. O salto evolutivo deve resultar em aumento na qualidade dos serviços, redução de custos e estímulo ao uso de fontes renováveis de energia. Consumidores empresariais e residenciais poderão se beneficiar de um modelo mais descentralizado, criando “ilhas” com autonomia energética que renderão créditos sempre que fornecerem excedentes ao sistema. Publiquei uma reportagem no Valor Econômico do dia 21 de março sobre o assunto, com foco nas pesquisas de ponta que estão sendo realizadas em Florianópolis pela Fundação Certi e pela UFSC.

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28

Sep

12

Cientistas da UFSC no combate à tuberculose

André Báfica, pesquisador da UFSC

André Báfica, pesquisador da UFSC. Foto de Sonia Vill

Um terço da população mundial está infectada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), causador da tuberculose. Destes, 10% desenvolvem a doença. Uma pesquisa do Laboratório de Imunobiologia (LidI) da UFSC tenta identificar como se dá o mecanismo de defesa imunológica à bactéria. A expectativa é aumentar a eficiência da vacina, que não apresenta bons resultados em adultos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil está entre os 22 países que têm 80% dos novos casos anuais de tuberculose no mundo – foram de 70 mil a 100 mil em 2010.

“Nosso objetivo a longo prazo é elucidar os mecanismos pelos quais proteínas secretadas de M. tuberculosis regulam as respostas imunológicas em humanos”, diz o professor André Báfica, coordenador do projeto. Em janeiro de 2011, numa competição envolvendo 800 cientistas de início de carreira em todo o mundo, Báfica foi agraciado com um prêmio concedido pelo Howard Hughes Medical Institute (HHMI) – foi o único brasileiro entre os 28 selecionados. Ele terá financiamento por cinco anos, renováveis por mais cinco, para desenvolver pesquisa básica. Leia aqui a entrevista que fiz com ele para a Revista da Fapeu.

 

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06

Aug

12

A Alemanha e as energias renováveis

Um artigo que vale compartilhar.

O exemplo da Alemanha

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco

A Alemanha foi à primeira nação industrializada a ter um plano de abolir a energia nuclear do seu território. A data para por fim a esta era de insegurança foi dia 29 de maio de 2011, por decisão da coalização de governo da chanceler Ângela Merkel. Até 2022 não haverá mais reatores nucleares neste país emblemático, particularmente para o Brasil, que assinou em 1975 um acordo de cooperação técnico-científico-econômico prevendo a instalação de 8 usinas nucleares em nosso território. Juntas, as 17 usinas existentes em solo alemão que produziam menos de 1/4 da energia alemã serão desativadas. Este exemplo está sendo seguido, e paises como a Itália, Áustria, Suíça, Bélgica, Japão, entre outros, já começaram a revisar suas políticas nucleares.

A tomada de decisão do governo alemão de deixar de usar a energia nuclear mostra que basta visão e vontade política para livrar um país desta fonte de energia indesejável, pelo perigo que representa; suja pelos resíduos que produz, e não se sabe o que fazer com eles; e cara, implicando em tarifas mais onerosas para o consumidor. Enquanto a Alemanha virava a página do nuclear, técnicos e políticos brasileiros duvidavam que este país pudesse “sobreviver” sem a nucleoeletricidade. Os mais exaltados alegavam até que o desligamento progressivo das usinas nucleares forçaria o país a importarem combustíveis fosseis, contribuindo assim para o aquecimento global. Mais uma vez estes “experts” (?) em energia mostraram o quanto estavam errados.

Passado pouco mais de um ano da decisão histórica, no dia 1 de agosto de 2012 a Associação Nacional de Energia e Água (BDEW) anunciou que 25 % de toda energia consumida pela Alemanha no primeiro semestre deste ano foi gerada a partir de fontes renováveis, e que todas estas fontes registraram crescimento no período comparado a 2011, quando representavam 17% do consumo energético total.

O setor eólico forneceu 9,2% de toda energia demandada pela Alemanha, produzindo 24,9 bilhões de kWh, respondendo pela maior contribuição das renováveis. A biomassa representou 5,7% da demanda, produzindo 15,3 bilhões de kWh. E o setor fotovoltaico 5,4%. Sendo este o que mais cresceu, 47%, aumentando sua geração do 1º semestre de 2011 de 9,8 bilhões de kWh, para igual período em 2012, de 14,4 bilhões de kWh.

O recado parece dado para o Brasil e para o mundo. As fontes renováveis podem e devem substituir os combustíveis fósseis, além da indesejável energia nuclear.

No Brasil, apesar do crescimento das instalações eólicas, ainda sua participação na demanda energética é pífia, menos que 2%. Apesar de todo o estardalhaço midiático que governos estaduais e federal fazem, as políticas de incentivo desta fonte de energia ainda são pontuais e pouco expressivas diante do enorme potencial estimado de mais de 350 GW. O caso mais bizarro, que demonstra na prática a falta de interesse, diz respeito ao atraso incompreensível, na atualização do Atlas Eólico Brasileiro de responsabilidade do Centro de Pesquisas da Eletrobrás (CEPEL), instrumento imprescindível para atração de novas instalações.

Com relação aos agrocombustíveis, mesmo com a propaganda encantando o mundo, em torno da produção do etanol e do agrodiesel, a realidade é outra. Etanol está sendo importado, e o preço se aproximando mais e mais da gasolina, resultando numa retração do consumo. E em relação à propalada e alardeada alavancagem da agricultura familiar, com as oleaginosas (quem não lembra dos discursos pró-mamona na região nordeste como redenção dos pequenos agricultores) para a fabricação do agrodiesel, nada aconteceu. Hoje mais de 3/4 da produção do agrodiesel é oriunda da soja.

Sobre a energia solar fotovoltaica, nem se fala. Mesmo tendo alguns projetos privados implantados nas arenas esportivas, e uma usina de 1 MW no interior do Ceará, continua sendo apenas “traço” na matriz energética nacional. Existe uma expectativa com a resolução da Aneel 482/2012 de 17 de abril ultimo, estabelecendo o acesso da pequena geração distribuída na rede elétrica, e assim estimular a energia fotovoltaica instalada em domicílios e pequenos comércios. Mesmo com mais de 20 anos de atraso em relação à Alemanha que lançou o projeto “1000 telhados solares” em 1991, no nosso caso “a esperança é a última que morre”. O aquecimento solar da água ainda patina com a iniciativa “Cidades Solares”, legislação municipal que atende hoje a menos de 50 municípios brasileiros. E o programa “Minha Casa, Minha Vida”, incorporando sistemas de aquecimento solar, ainda é uma incógnita.

O Brasil é bem ensolarado, possui muita água, fortes ventos e grandes áreas agrícolas para a produção da biomassa, podendo utilizar tudo isso para seu desenvolvimento e assim melhorar a qualidade de vida de sua população respeitando o meio ambiente. Que pais é este que opta pela energia nuclear, combustíveis fósseis e mega-hidrelétricas na região Amazônica?

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24

May

12

Uso de leds na iluminação pública

Reproduzo artigo dos professores Heitor Scalambrini Costa e Silvio Diniz, da UFPE, sobre o atraso do Brasil na área de conservação e eficiência energética e algumas alternativas disponíveis. Debate oportuno nestes tempos de megaempreendimentos hidrelétricos.

Uso de leds na iluminação pública

Heitor Scalambrini Costa e Silvio Diniz

Soluções em Energia e Design (SENDES) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

O Brasil continua atrasado em relação a outros paises no que se refere à implementação de políticas públicas na área da conservação e eficiência energética. Verificam-se perdas importantes na transmissão elétrica, relatadas por comissão especial do Tribunal de Contas da União (TCU), da ordem de 17% (enquanto na Europa e USA este valor é em torno de 5%); com o uso ineficiente dos chuveiros elétricos (atendem mais de 80% dos domicílios) que representam 7% de todo consumo nacional de eletricidade e mais de 18% do pico de demanda, e que poderiam ser trocados pelo aquecimento solar; e com motores e eletrodomésticos com baixas eficiências. Assim existe um grande potencial de economia de energia que se poderia alcançar com soluções já existentes.

O Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) lançado pelo Ministério de Minas e Energia em outubro de 2011 (portaria 594/MME), apesar do bom diagnostico realizado da situação atual, tem metas e propostas pífias (redução de 10% no consumo total) do que se espera para um pais da importância do Brasil, dentro do contexto das mudanças climáticas, em que a cadeia produtiva da energia é a vilã e a que mais emite gases de efeito estufa.

Ainda prevalecem idéias e conceitos retrógrados do século passado, no que se refere à oferta de energia. Para os gestores públicos (e os empreiteiros, é claro) a única forma de ofertar mais energia para o país é construindo mega-hidreletricas na região Amazônica, termelétricas a combustíveis fósseis e usinas nucleares. Não se leva em conta que usando melhor e introduzindo novas tecnologias, também se pode “gerar” energia elétrica e disponibilizar no sistema elétrico nacional.

Um dos casos mais evidentes e emblemáticos da pouca visão, dos gestores reside na questão da iluminação pública. É estimado que em torno de 15% da energia elétrica produzida é consumida nesta modalidade. O PNEf prevê um potencial de redução na iluminação pública de 9% da demanda e na economia de energia, substituindo as lâmpadas menos eficientes por lâmpadas de vapor de sódio (LVS).

No Brasil, dos 15 milhões de pontos de iluminação existentes, em torno de 60% são LVS. No entanto, esta tecnologia está ultrapassada, quando comparada com os LEDs (diodos emissores de luz), que apresentam alto rendimento, mais do que o dobro da vida útil da LVS (em média 50.000 horas, porém fabricantes falam em 100.00 horas) e um baixo consumo de energia elétrica, com uma redução de até 50% menor às de vapor de sódio, proporcionando assim uma redução significativa do consumo, em particular no pico da demanda do setor elétrico.

Apesar de ainda ter um preço inicial de aquisição superior as LVS, é necessário considerar que os LEDs possuem um baixo custo de manutenção, visto que seriam substituídos a cada 12 anos (considerando o uso em média de 11 a 12 horas ao dia, com tempo de vida de 50.000 horas), e baixo consumo de energia, o que levaria ao longo de sua vida útil, a um custo menor que das LVS . Outros benefícios podem ainda ser destacados, como a não emissão de radiação ultravioleta, evitando a atração de insetos à luminária e sua degradação, contribuindo para redução dos custos da manutenção; maior resistência a impactos e vibrações e contribuição para a redução da poluição luminosa com iluminação direcionada.

Na iluminação das vias públicas, os LEDs apresentam mais uma vantagem, a reprodução das cores com mais eficiência e qualidade, o que favorece a visualização das informações apresentadas nas via públicas, tais como: sinalização de trânsito, de advertência, de localização, etc.

Devido à baixa tensão dos LEDs que trabalham com tensões e correntes contínuas, é possível a conexão às baterias eletroquímicas, dispensando o auxílio da rede elétrica. Com isso, possibilita aos atuais projetos para iluminação em vias públicas a integração de uma fonte eólica e/ou fotovoltaica aos postes de luz. Tornando possível prover iluminação aos municípios e rodovias que ainda não possuem linhas de transmissão, e mesmo aquelas que já possuem.

O estímulo à pesquisa e inovação desta fonte luminosa levou o laboratório SENDES/UFPE a desenvolver uma luminária denominada LUMISOL (www.lumisolcaa.blogspot.com.br) que reúne além da tecnologia LED, uma alimentação com eletricidade solar fotovoltaica. Este se configura como um dos muitos exemplos neste Brasil afora, de desenvolvimento de produto nacional com valor agregado, que apesar da miopia dos gestores encastelados que pouco dialogam com a academia e com os centros de pesquisa; no país, o desenvolvimento tecnológico e a inovação existem e permitem soluções viáveis, simples e com alto grau de maturidade.

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20

Apr

12

Eu, produto

“Eu não estou preocupado com a política de privacidade do Facebook, porque não coloco dados que não quero que se tornem públicos… Eu não me importo que os anunciantes saibam esses dados. Algumas vezes é útil, porque eu recebo anúncios que servem para mim”. Declaração de Jon “Maddog” Hall, principal responsável pelo desenvolvimento do Linux, na ótima reportagem de capa da revista Retrato do Brasil sobre o FB. Faz sentido. E não é contraditório com o que diz o escritor e pesquisador Michael Bawens, que publica no site da Al Jazeera: “Se é grátis, então você é o produto que está sendo vendido”.

p.s.: Aí em cima, leia-se “faz sentido em termos”. Nem tudo faz sentido. E buscar a simplificação da complexidade nem sempre ajuda a gente a entender as coisas. Tem uns complementos aí nos comentários.

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01

Mar

12

Matter

Vale prestar atenção na proposta dessa nova revista de grandes reportagens sobre ciência e tecnologia. Em uma semana, os autores do projeto conseguiram 85 mil dólares via crowdfunding.

“Matter vai se concentrar em fazer excepcionalmente bem uma única coisa. A cada semana, publicaremos uma reportagem de fôlego sobre grandes temas de ciência e tecnologia. Nada de resenhas baratas, artigos de opinião sarcásticos ou listas dos dez mais. Apenas uma matéria imperdível.”

(via revista piauí)

 

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