Posts com a tag ‘sonhos’

30

Jan

12

Sonho 30.01.2012

Sonhei que era funcionário público e trabalhava numa mesa ao lado do Zé Dassilva. Aí uma pessoa me procurou com uma proposta pra que escrevesse “frases engraçadas e criativas” pra uma revista. Recomendei que ele falasse também com o Zé, “o melhor frasista da América do Sul”. Aí o cara nos disse que o orçamento da revista era apertado e eles iriam nos remunerar colocando nosso nome no expediente e assinando as matérias, o que iria projetar a gente no mercado. A partir daí o sonho ficou confuso, mas lembro que o Zé e eu fizemos várias piadinhas com o cara e não aceitamos a oferta. Acordei e tocou o telefone. Era o Zé, que tava em Floripa e me chamava pra ir pra praia com o Blue.

p.s.1: Terminamos não indo porque a Luísa foi picada por mosquitos e tava com o pé machucado.

p.s.2: Um blog que tem tudo a ver com esse sonho é o do Di Vasca. Boas risadas garantidas, principalmente pra quem tá acostumado a receber propostas indecentes de trabalho.

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04

Nov

08

Ele fala dormindo

Miguel pra mim ontem:

- Pai, você fala dormindo?
- Acho que não. E você?
- Eu falo. Uma vez falei pra mim mesmo: “Você é tão legal!”
- E o que você respondeu?
- “Legal é você! É você!” Acordei no tapete.

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13

Jul

08

Palavra Cantada encerra mostra de cinema

E hoje chega ao fim a 7a. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Foram 17 dias intensos, 106 filmes exibidos para 25 mil crianças, pré-estréias nacionais, debates instigantes, muita pipoca e emoção. Fiz a assessoria de comunicação junto com as amigas e colegas Kátia Klock, Adriane Canan e Cleide de Oliveira, com apoio do Vinicius Muniz no making of. Foi cansativo, mas um privilégio e um grande aprendizado. Tivemos ampla cobertura da mídia e foi nítido o salto de qualidade da Mostra, que acompanho há alguns anos como pai-espectador. É uma alegria imensa ver que o trabalho da Luiza Lins, mãe do evento, ganhou dimensão tão importante pra cultura local e nacional. A onda de beleza gerada em Floripa vai chegar até a Suécia, que em março de 2009 recebe, no Festival de Financiamento de Malmö, um projeto de filme brasileiro selecionado aqui.

Vou guardar muitas lembranças boas desses dias. Do Centro Integrado de Cultura ao Hotel Majestic, de Palhoça aos bairros de periferia, a Mostra irradiou magia pra muitos meninos e meninas que tiveram o primeiro contato com o cinema. Vi lágrimas no rosto de professoras e a alegria com que o pessoal da produção trabalhou pra que o evento tivesse a melhor qualidade possível. Acompanhei a pintura da tela gigante “Eu no mundo” pelas crianças da comunidade Chico Mendes, na oficina Palavra Pintada. A maneira bonita como elas foram desarmando suas couraças em meio a atividades de massagem, dança e canto. O sorriso orgulhoso da meninada que fez a oficina de dublagem ao ver exibido o seu trabalho pro público. O insight dos participantes da oficina de flipbook ao se darem conta, nos bloquinhos de papel, de como funciona a ilusão de ótica do cinema. É um evento em que os sonhos e esperanças ganham posição de destaque. Uma delas, a de que as crianças brasileiras possam ver cada vez mais sua própria cultura nas telas de cinema e tevê. “É uma questão de segurança nacional”, disse alguém num dos debates. A gente chega lá.

Três momentos especialmente marcantes pra mim: o comentário da querida amiga Gilka Girardello, professora da UFSC, de que só vamos perceber todo o alcance da Mostra daqui a vinte anos, quando essa platéia de crianças e adolescentes estiver adulta, produzindo e criando; Alemberg Quindins, da Fundação Casa Grande, com seu sotaque cearense que me é tão familiar, lembrando que a infância é um estado de espírito e que ele, aos 42 anos, tem um quarto de brinquedos e almoça e janta pra esperar a sobremesa; e os olhos azuis brilhantes da Heleninha Gassen, atriz do curta Leste do Sol, Oeste da Lua (de Patrícia Monegatto Lopes), ao me contar que tem vontade de trabalhar em cinema ou televisão quando crescer. Foram dias bem felizes e encantados. A Mostra encerra hoje com o anúncio do melhor filme escolhido por júri infantil e com duas apresentações do novo espetáculo do grupo Palavra Cantada, com nome bem adequado a esta celebração da diversidade cultural: Carnaval.

Fotos: Cleide de Oliveira

p.s.: O filme vencedor da Mostra foi O mistério do cachorrinho perdido, do diretor paulista Flávio Colombini.

p.s.2: Galeria de fotos do show do Palavra Cantada (por Cleide de Oliveira).

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24

Mar

08

De ressurreição e epifanias

Nando comenta minhas idéias aleatórias do sábado de aleluia e eu respondo. A conversa começou a partir deste vídeo.

Boa pergunta, Dauro. Meu palpite eh que a resposta vale a vida. E sem chegar a ela, a vida teria sido desperdicada. Expressoes-chave que considero fatais para encontrarmos a resposta certa: “a gente pensa”, “e age”, “eh bom ser um indivi­duo” e “conclusao pratica pra vida”.

Por ser bom, ou continuar a ser bom, nos decidimos pensar e agir de uma certa maneira. Mas, se voce estah certo na sua argumentacao, esse jeito de pensar nao eh a verdade ultima do que a vida eh – pois durante a vida a gente acredita (e age e gosta de agir assim) de uma maneira, e tanto antes quanto depois ve / sente / sabe que eh outra coisa. Ou veria / sentiria / saberia ser outra coisa – porque se nao sabemos isso decisivamente, nao podemos dizer que sabemos isso. Eh uma hipotese, como eh a sua pergunta.

O que leva a outra pergunta mto importante: por que essa verdade ultima soh aparece pra nos em “lampejos”, como vc falou? (e pq pra muita gente nem em lampejos aparece?)

Serah que quanto mais alguem investiga, mais lampejos tem? Sera que criar consciencia da propria vida, dos proprios atos, do proprio “jeito de pensar” e “acreditar” e “agir” tem algum efeito em descobrir o que a vida eh? Pq poucas pessoas fazem isso? Serah que isso tem alguma relacao com “convenhamos, eh bom ser um individuo”?

Isso tem uma conclusao pratica pra vida que faz TODA a diferenca. E se a gente levasse essa vida como sabe que foi antes, “foi” depois e sempre serah?

Nao sei como voce chamaria essa transformacao na vida de um ser humano, mas eu associo ao conceito real disso que dizem ser a “ressurreicao” (que nao eh do corpo, mas tao somente de um auto-saber que se reflete em tudo, mas, principalmente, em si mesmo).

Interessante o que vc diz sobre ressurreição, Nando. O relato da neurocientista é muito parecido com outros de gente que esteve no limiar entre a vida e a morte – ou teve epifanias por meio de estados alterados de consciência. Parece que uma névoa é retirada dos olhos e a dimensão do todo é revelada de repente, de um jeito que nenhuma palavra pode reproduzir – só mesmo sentindo isso. O que posso é especular. Pensar em lagartas e borboletas. Nas imagens captadas pelo canto do olho, que só vemos se não olharmos pra elas. E no trecho do poema de Calderón de la Barca, “la vida es sueño”…

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15

Mar

08

Sonhos: moradia, transporte e lazer

Quase-pesadelo, ou no mínimo um sonho inquietante: eu voltava a morar em apartamento.
~
Sonho-aventura: final da copa do mundo em uma espécie de water-world. Brasil finalista. Mil e um transportes aéreo-aquáticos pra levar gente legal ao local onde havia um enorme telão pra ver o jogo fazendo festa. Mistura boa: chuva, caipirinha, parentes e amigos que não encontro há tempo. Subida de uma corredeira íngreme e altos visuais lá de cima. O sonho acabou antes do fim da partida.

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26

Jan

08

Impressões sobre a angústia da madrugada

Um dia de cada vez. E uma noite no meio. Algumas são bem difíceis, principalmente quando a insônia ataca. Esta madrugada tive mais um flashback do acidente – às vezes isso me vem em sonho, às vezes acordado. O som da freada e do impacto, meus passos enquanto corria pro local, o resgate, as respirações ofegantes – naquelas horas críticas senti a audição ampliada e o tempo em exasperante câmera lenta. Tenho evitado comentar isso, mas o desabafo me ajuda a exorcizar a angústia. Ao olhar direto pros meus medos (= escrever sobre eles), me fortaleço. Espero que assim ajude os que também estejam precisando.

Fui pra sala. Eram três da manhã e abri o livro O carrasco do amor e outras histórias de psicoterapia, do psiquiatra Irvin D. Yalon (autor do excelente Quando Nietzsche chorou). Na introdução, ao abordar as dificuldades do duplo papel de observador e participante, ele cita uma frase que me chega como uma resposta de oráculo:

Ao escolher entrar completamente na vida de cada paciente, eu, o terapeuta, não somente fico exposto às suas mesmas questões existenciais como também devo estar preparado para examiná-las com as mesmas regras de investigação. Devo aceitar que conhecer é melhor do que não conhecer, aventurar-se é melhor do que não se aventurar; e que a magia e a ilusão, por mais magníficas e fascinantes que sejam, no final enfraquecem o espírito humano. Eu encaro com profunda seriedade as poderosas palavras de Thomas Hardy: “Se existe um caminho para o Melhor, ele exige uma visão completa do Pior”.

Nós, psicoterapeutas, não podemos simplesmente tagarelar com simpatia e exortar os pacientes a se debaterem corajosamente com os seus problemas. Nós não podemos dizer a eles vocês e os seus problemas. Ao contrário, devemos falar de nós e de nossos problemas, pois nossa vida, a nossa existência, estará sempre presa à morte, do amor à perda, da liberdade ao temor e do crescimento à separação. Nós, todos nós, estamos juntos nisso.

As madrugadas insones, os sonhos e também o sono profundo que se segue a eles nos são dados pra que a gente possa lidar sozinho com nossos fantasmas. Sem essas pausas de aguda percepção e também de esquecimento, talvez a realidade se tornasse insuportável.

Depois de um tempo voltei pro quarto e fiquei no escuro, olhando os meninos. Ri sozinho, tinham invertido as posições: Miguel, que adormecera no lado esquerdo do colchão, agora estava no direito, e Bruno tinha passado do lado direito pro esquerdo. Deitei, apaguei e acordei às oito me sentindo bem mais leve. Estamos no caminho para o Melhor.

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18

Jan

08

A máquina de escolher sonhos

Miguel desenvolveu uma técnica para escolher qual sonho vai ter. É simples assim, pelo que entendi: ele pensa em várias opções de sonhos e repassa mentalmente um a um, até escolher o preferido da noite. Aí escolhe aquele e vai dormir. Tentei ontem, eu queria sonhar com Augusto acordando e dando uma risada – já sonhei com isso semana passada. Mas não deu certo dessa vez, talvez eu tenha “clicado” com o botão errado do mouse imaginário.

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02

Aug

07

Sonho: colegas de escola há um quarto de século

Sonhei com dois colegas do Colégio Marista em Natal que não vejo há uns 25 anos: George Azevedo e Dalton Barbosa Cunha Filho. O primeiro, há alguns meses tive o prazer de localizar pela internet e bater um papo pelo Skype. É médico, casou e tem filhos. Com Dalton não tive mais contato. Lembro que na época era um extraordinário jogador de xadrez – participamos da mesma equipe num campeonato estadual – e conseguia encostar a língua na ponta do nariz. Pelo que me diz o Google, parece que ele hoje é empresário de leite.

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05

Jul

07

De coisas ditas no sono ou no despertar

Miguel, esta semana, dormindo: “…água viva!…”
Bruno, hoje, ao acordar (apontando pro quintal): “Árvr! Árvr!”

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14

May

07

Pesadelo imobiliário

Sonho arrepiante neste fim de semana: o dono de um famoso resort de Floripa, acusado pela Operação Moeda Verde de negociar licenças ambientais, morava na casa ao lado! Acordei aliviado ao ver que meus vizinhos gentes finas continuam por aqui.

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