Posts com a tag ‘europa’

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Arenas de criação coletiva

Uma iniciativa inovadora de planejamento urbano participativo vem sendo desenvolvida desde outubro de 2012 em 15 cidades europeias. O movimento Cidades Inteligentes e Humanas foca no protagonismo cidadão em “arenas” – espaços onde as pessoas podem compartilhar ideias e co-criar soluções comunitárias. Com projetos de baixo custo e parcerias criativas na captação de recursos, as prefeituras têm economizado até 60% na prestação de serviços. Para os gestores municipais, esse modelo traz o desafio de transformar a estrutura pública tradicional, colocando-a como parceira dos munícipes na definição do futuro das cidades.

A metodologia foi criada pelo projeto Periphèria, consórcio liderado pela empresa portuguesa Alfamicro com 12 instituições de cinco países-membros da União Europeia. Em maio [de 2013], o Periphèria publicou um “livro de receitas” (Human Smart Cities – The Cookbook), que traz orientações para fazer uma cidade inteligente e humana. A proposta é começar com soluções simples para necessidades concretas e depois replicá-las, considerando as realidades específicas de cada lugar. Entre os ingredientes em comum das iniciativas bem sucedidas estão as alianças sociais, o uso da internet como plataforma e o trabalho colaborativo em um contexto de orçamentos públicos apertados.

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A vez das cidades inteligentes e humanas

Álvaro Oliveira, coordenador da Rede de Cidades Inteligentes e Humanas

O engenheiro português Álvaro de Oliveira, professor da Universidade de Aalto, em Helsinque (Finlândia), conta nesta entrevista como a metodologia de criação de Cidades Inteligentes e Humanas pode ser um instrumento valioso para promoção do desenvolvimento sustentável, ao incluir as comunidades no processo de co-design e co-criação de soluções. O experimento está ocorrendo em várias cidades europeias. Conversamos em junho de 2013 e o texto era destinado a um suplemento especial do Valor Econômico, mas não foi publicado por falta de espaço. De qualquer forma, o assunto continua na ordem do dia.

Como surgiu a Rede de Cidades Inteligentes?

Álvaro de Oliveira – A Europa tem feito um grande investimento na pesquisa das tecnologias que são a base da infraestrutura inteligente das cidades do futuro. Essa Rede engloba atualmente cerca de 70 cidades. Minha empresa, Alfamicro, e a Universidade de Helsinque estão ou estiveram envolvidas em 27 destas cidades, em 17 países. Trata-se de infraestruturas abertas de comunicação e sensorização que podem crescer organicamente num ambiente inovador. Desenvolvi um modelo de Urban Living Lab (Laboratório Vivo Urbano) com base na experiência adquirida na Rede Europeia de Living Labs (EnoLL na sigla em inglês), na qual tenho estado fortemente envolvido desde  sua fundação em 2006. Ao todo são 320 Living Labs com 25 mil organizações participantes. Eles permitem que a cidade se afirme como um ecossistema de inovação onde se identificam as necessidades, desejos e interesses dos cidadãos, empresas, centros de pesquisa e autoridades públicas. Em 2010 lancei a Rede de Cidades Inteligentes Conectadas, cujo núcleo inicial incluía Amsterdã, Manchester, Lisboa, Barcelona e Helsinque. A rede estabelece um mecanismo de colaboração e troca experiências sobre mobilidade sustentável, mudanças climáticas, segurança energética, envelhecimento da população, vida saudável… (…)

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