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Jun11
Semana Wikileaks
Esta semana a recém-criada agência de reportagem e jornalismo investigativo Pública está publicando uma série de reportagens inéditas sobre o Brasil, baseadas em documentos obtidos pelo Wikileaks. Uma interessante iniciativa de jornalismo independente e colaborativo. Boa parte do material se refere a despachos de embaixadas – entre elas a dos Estados Unidos – e consulados no Brasil. Compartilho o texto de apresentação:
15 repórteres, 2.500 documentos, 3 dias. O resultado são cerca de 50 matérias inéditas sobre documentos diplomáticos referentes ao Brasil obtidos pelo WikiLeaks, que serão publicados durante esta semana no site da Pública.
A Semana WikiLeaks é uma iniciativa coletiva, capitaneada pela Pública com o apoio do WikiLeaks e a participação de jornalistas independentes que acreditam que histórias de interesse público devem ser contadas.
São eles: Andrea Dip, Anselmo Massad, Tadeu Breda, Julio Cruz Neto, Jessica Santos, Mariana Simões, Igor Ojeda, Tatiana Merlino, Daniel Santini, Glauco Faria, João Perez, Natalia Viana, Débora Prado, Paula Sambo e Ana Aranha.
Nos dias 10, 11 e 12 de junho, esses jornalistas se reuniram voluntariamente na sede da Pública, na Barra Funda, para ler todos os documentos referentes ao Brasil que ainda não foram publicados no site do WikiLeaks. Além de documentos da embaixada em Brasília e consulados em São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, a Pública também teve acesso a despachos de outras embaixadas, referentes ao Brasil.
São documentos inéditos, produzidos entre 2004 a 2010, debatendo grandes questões nacionais.
A preocupação da Pública é dar visibilidade a esses telegramas, que contam o que se discute nas relações internacionais – conversa a conversa, reunião a reunião.
Durante esta semana, os documentos originais serão publicados no site da Pública e no site do WikiLeaks. No dia 4 de julho, todos os telegramas brasileiros serão disponibilizados no site do WikiLeaks.
Todas as reportagens são em creative commons, para livre reprodução desde que citada a fonte.
“Meses depois deste vazamento tomar as manchetes da imprensa, há ainda muitas informações importantes nos documentos de todos os países. Estes documentos são mais que notícia, eles contam a história desses países. Até mesmo documentos que já foram publicados no site do WikiLeaks trazem revelações inéditas, e estão ali para serem pesquisados pelo público”, diz o porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson.