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O desafio do parquinho de Marabá

Um causo impressionante de dois amigos e colegas de profissão, narrado pelo Marques Casara:

História do Brasil caipira:

Estava outro dia com o fotógrafo Sérgio Vignes em Marabá, sul do Pará.
Depois do jantar, Sérgio disse:
_ Tem um parquinho ali na esquina, vamos lá.
No parquinho, tinha um estande de tiro ao alvo com espingarda de pressão.
No estante, tinha um cara se vangloriando que era o tal, que atirava melhor que todo mundo, coisa e tal.
O Sérgio disse pra ele:
_ Vamos fazer o seguinte: eu vou dar seis tiros. Se eu errar um tiro, você ganha, nem precisa atirar. Mas se eu acertar todos os seis tiros, ai você precisa ao menos empatar comigo.
_ Fechado!
Sergio atirou. Acertou os seis tiros.
O cara ficou passado. Pegou a espingarda.
Acertou o primeiro, o segundo. Mas errou o terceiro.
Sérgio deu uma risada na cara dele e disse:
_ Vambora Casara, esse cara não é de nada, o dia amanhã vai ser cheio.
O cara pediu revanche.
- Revanche nada, você não é de nada.
O cara ficou puto. Ficou roxo.
Voltamos pro hotel.
Isso aconteceu em março de 2011.
Hoje, Sérgio me liga e diz:
_ Sabe o cara do parquinho, do tiro ao alvo?
_ Sei….o cara que tu esculachou.
_ Tá preso em Rondônia. É o pistoleiro que matou o lider camponês que saiu nos jornais.
_ Caralho! Sérgio! Que é isso, meu? Você desafiou um pistoleiro pra uma disputa de tiro ao alvo?
_ Desafiei… E ganhei!!!
_ E deixou o cara puto da cara, soltando fogo pelas ventas.
_ Bom, isso é por conta dele…
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One Response:

  1. Em 13/06/11, 10:31, Fernando Evangelista disse:

    Incrível. Minha Vò Rosa, 99 anos, repete para os netos, em qualquer data festiva, a mesma frase: “nunca atire com estranhos”. Finalmente, entendi o aviso e o risco que se corre.


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