11
Jun11
O desafio do parquinho de Marabá
Um causo impressionante de dois amigos e colegas de profissão, narrado pelo Marques Casara:
História do Brasil caipira:
Estava outro dia com o fotógrafo Sérgio Vignes em Marabá, sul do Pará.Depois do jantar, Sérgio disse:_ Tem um parquinho ali na esquina, vamos lá.No parquinho, tinha um estande de tiro ao alvo com espingarda de pressão.No estante, tinha um cara se vangloriando que era o tal, que atirava melhor que todo mundo, coisa e tal.O Sérgio disse pra ele:_ Vamos fazer o seguinte: eu vou dar seis tiros. Se eu errar um tiro, você ganha, nem precisa atirar. Mas se eu acertar todos os seis tiros, ai você precisa ao menos empatar comigo._ Fechado!Sergio atirou. Acertou os seis tiros.O cara ficou passado. Pegou a espingarda.Acertou o primeiro, o segundo. Mas errou o terceiro.Sérgio deu uma risada na cara dele e disse:_ Vambora Casara, esse cara não é de nada, o dia amanhã vai ser cheio.O cara pediu revanche.- Revanche nada, você não é de nada.O cara ficou puto. Ficou roxo.Voltamos pro hotel.Isso aconteceu em março de 2011.…Hoje, Sérgio me liga e diz:_ Sabe o cara do parquinho, do tiro ao alvo?_ Sei….o cara que tu esculachou._ Tá preso em Rondônia. É o pistoleiro que matou o lider camponês que saiu nos jornais._ Caralho! Sérgio! Que é isso, meu? Você desafiou um pistoleiro pra uma disputa de tiro ao alvo?_ Desafiei… E ganhei!!!_ E deixou o cara puto da cara, soltando fogo pelas ventas._ Bom, isso é por conta dele…
Incrível. Minha Vò Rosa, 99 anos, repete para os netos, em qualquer data festiva, a mesma frase: “nunca atire com estranhos”. Finalmente, entendi o aviso e o risco que se corre.