06
Oct10
A festa no céu
O amigo e grande mímico/contador de histórias Antonio Rocha, carioca que mora há duas décadas no Maine, EUA, acaba de estrear como escritor de livros infantis. Ele lançou a edição bilíngue A festa no céu/The party in the sky, adaptação de uma história popular que povoou minha imaginação na infância.
O livro é ilustrado por Cedrick Dawson, que mora na Flórida. Eles não se conhecem pessoalmente e fizeram todo o trabalho se comunicando a distância. “Foi um grande aprendizado”, me disse Antonio, que ficou com vontade de fazer outros.
17
Sep10
Mais 15 livros em 15 minutos
A @anitadutra não resistiu e fez uma lista “remix” com outros 15 livros marcantes que ficaram de fora da sua primeira lista, pra que não venham mais puxar no pé dela durante o sono. Então tomo a liberdade de citar mais 15 que também podiam ter entrado na minha primeira:
1. Rayuela (Cortázar)
2. Amor nos tempos do cólera (Garcia Marquez)
3. Sagarana (Guimarães Rosa)
4. Viva o povo brasileiro (João Ubaldo Ribeiro)
5. Meu último suspiro (Luis Buñuel com Jean-Claude Charrière)
6. As flores do mal (Baudelaire)
7. Luna caliente (Mempo Giardinelli)
8. Memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
9. Nada de novo no front (Eric Maria Remarque)
10. Olhai os lírios do campo (Érico Verissimo)
11. Feliz ano novo (Rubem Fonseca)
12. O nome da rosa (Umberto Eco)
13. Conversa na catedral (Vargas Llosa)
14. O aleph (Jorge Luis Borges)
15. A invenção da solidão (Paul Auster)
15
Sep10
15 livros em 15 minutos
Mais um meme que respondi no Facebook. Mesmo esquema: escreva a nota com 15 livros marcantes, sem pensar muito, e passe nas marcações a 15 amigos, incluindo meu nome.
- Grande sertão – veredas (Guimarães Rosa)
- O fio da navalha (Somerset Maugham)
- Pergunte ao pó (John Fante)
- Misto-quente (Charles Bukowski)
- O estrangeiro (Albert Camus)
- O jogador (Dostoievski)
- O pequeno príncipe (Saint-Éxupery)
- Encontro marcado (Fernando Sabino)
- Paula (Isabel Allende)
- Histórias extraordinárias (Edgar Allan Poe)
- Huckleberry Finn (Mark Twain)
- O falecido Mattia Pascal (Luigi Pirandello)
- Crônica de uma morte anunciada (García Márquez)
- On the road (Jack Kerouac)
- Relato de um certo oriente (Milton Hatoum)
“Essa lista vale um post no blog pra comentar as escolhas”, escrevi lá. Há muitas diferenças entre estilos e temas. Em comum, a emoção provocada pela leitura. E, me dou conta agora, a busca do autoconhecimento – às vezes de maneiras tortuosas. O romance de Rosa é uma catedral, das melhores obras que a literatura mundial já produziu. Os contos de Poe eu conheci na adolescência, enquanto aprendia inglês, e me impressionaram. Paula, obra forte que só o amor+dor de mãe pode produzir. Mattia Pascal e o desejo de se reinventar também me impactaram na adolescência. Ouvi ecos da Amazônia de minha infância no romance de Hatoum. Misto-quente e Pergunte ao pó têm uma simplicidade enganosa, mas foram resultado de uma hábil carpintaria narrativa. E que protagonistas! Aliás, o Larry de O fio da navalha é um personagem especial.
15
Sep10
Simpósio de Literatura Argentina
Recebi este release da Raquel Wandelli e compartilho. Quem ainda não assistiu ao ótimo O segredo de seus olhos, de Campanella, tem a chance de ver na faixa.
UFSC marca Bicentenário da Argentina com rede de eventos internacionais sobre literatura, cinema e fotografia
Simpósio Internacional integra quatro eventos reunindo especialistas de várias partes do mundo para discutir relações culturais enre Argentina, Brasil e América Latina
No ano em que se comemora o bicentenário da Argentina, quatro eventos de caráter artístico e abrangência internacional iniciam no dia 20, na UFSC, integrando os debates sobre uma questão tratada sem a devida profundidade no País: as relações culturais entre Brasil e Argentina. Com foco no cinema, fotografia e principalmente literatura, a programação em torno do Simpósio Internacional de Literatura Argentina em seu Bicentenário pretende dar resposta a essa lacuna promovendo o maior encontro de especialistas já realizado no Brasil para discutir a projeção universal e lationamericana da literatura argentina. Abertos ao público e de entrada gratuita, todos os eventos se concentram no auditório Henrique Fontes do Centro de Comunicação e Expressão.
De 20 de setembro a 6 de outubro estarão reunidos na UFSC os mais reconhecidos pesquisadores da área da Argentina, Brasil e Esados Unidos para discutir as singularidades da literatura portenha e as possibilidades de diálogos com a literatura brasileira e latinoamericana, conforme explica Liliana Reales, uma das coordenadoras. A rede de eventos é organizada pelo Núcleo Onetti de Literatura e Núcleo de Estudos Literários e Culturais, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Centro de Comunicação e Expressão da UFSC e ainda o patrocínio da Fapesc, CNpq e Ministério de Relações Exteriores. (…)
20
Aug10
O retorno
Ontem foi um dia especial: depois de 19 anos da minha graduação (e de uma tentativa de mestrado pelo meio, que abandonei por não ter nada a ver comigo), retornei aos bancos escolares da universidade. Estou cursando uma disciplina isolada sobre cinema na pós-graduação da literatura da UFSC. Como comentei ontem pra uns amigos no Facebook, não digo que esses 19 anos tenham sido perda de tempo. Foram o tempo de outras coisas. Agora é bom voltar – no momento em que tinha de ser. Sem pressão de canudo, só prazer de descoberta, de se aplicar um pouco mais em leituras focadas. De descobrir gentes, encontrar ideias e me reencontrar. A disciplina tem como pontos centrais o roteiro e a adaptação literária para o cinema. Com certeza vai ser de utilidade pra mim do ponto de vista profissional, mas o que mais me interessa mesmo são as “inutilidades”
A ler/reler/ver/rever: Machado de Assis, Poe, Bergman, Resnais, Bakhtin, Benjamin, Truffaut..
09
Aug10
Isto
Celso Vicenzi compartilha por e-mail e passo adiante.
Pra começar bem a semana, Fernando Pessoa, Isto.
Tudo o que sonho ou passo,O que me falta ou finda,É como que um terraçoSobre outra coisa ainda.Essa coisa é que é linda.
06
Aug10
Um adivinho me disse
Terminei hoje, depois de uma pianíssima leitura, Um adivinho me disse, de Tiziano Terzani, que a Lady Rasta recomendou e a Laura encontrou a preço de banana numa liquidação de livraria. É o tipo de narrativa que, quando a gente chega na última página, deseja que tivesse uma parte 2, a missão. Terzani (1938-1994), jornalista italiano que passou boa parte da vida na Ásia, conta de suas mochiladas por terra e mar no continente em 1993, depois que um adivinho o advertiu que aquele seria um ano perigosíssimo pra viajar de avião. Assim, de trem, navio, carro, riquixá, lombo de mula e a pé, ele sai de sua casa em Bangcoc para uma aventura que envolve não só a descoberta de povos e paisagens, como também um mergulho na própria existência.
Da conservadora Malásia à ditadura high-tech de Cingapura; de ilhas perdidas na Indonésia à efervescência de gente na China; das planícies mongólicas à estepe russa, ele nos convida a compartilhar belezas que, nestes tempos de turismo superficial, só os viajantes sem compromisso com o relógio têm tempo de encontrar. Pelo caminho, aproveita pra consultar os mais diversos tipos de adivinhos, alguns claramente charlatães, outros, possuidores de algum tipo de poder que os faz revelar coisas impressionantes sobre a vida dele. Há alguns momentos memoráveis de jornalismo, como o relato sobre o encontro com trabalhadores escravos acorrentados num campo cambojano, e os dias que passou no “Triângulo de Ouro” – fonte da maior parte da heroína consumida no mundo, entre Tailândia e Birmânia – como convidado do chefão do tráfico.
Terzani faz reflexões interessantes e melancólicas sobre a transformação da tradicional Ásia em uma sociedade ávida por bens de consumo, que se espelha no modo de vida ocidental e assim vai perdendo suas raízes. O livro é também uma forma de reencontro consigo mesmo. Ele revela que sofreu de depressão quando vivia no Japão, e que isso o levou a trocar um cotidiano chato e previsível pelas emoções da profissão de jornalista “on the road”. Também conta sobre sua descoberta da meditação vippasanaa (que Eliane Brum descreveu em brilhante reportagem na revista Época em janeiro de 2008), com um mestre e um assistente inusitados: um ex-agente da CIA e um general tailandês aposentado.
Um adivinho me disse foi pra mim uma espécie de continuação de jornada: em 1993, mesmo ano em que o jornalista vivia sua história, viajei a trabalho por seis países asiáticos durante três semanas. Tive conversas densas com pessoas que conheciam profundamente os países que percorri, mas o tempo foi rápido demais pra mergulhar com calma naquelas culturas. Ficou a lembrança de um impactante choque cultural e um gosto de “quero mais”. Terzani satisfez parte dessa sede com talento e sensibilidade. Só que deixou em mim outra vontade: ler outros livros dele.
30
Jul10
DVeras em Rede, 10 anos
Pra não deixar a data passar em branco: há dez anos, em um dia qualquer de julho de 2000, nascia o web log DVeras em Rede. Uma combinação de diário digital, laboratório de redação, arquivo de resenhas e reportagens, catálogo de fotos, cápsula do tempo, depósito de pequenas insanidades e outros usos que fui descobrindo com o tempo. Algumas coisas que você não perguntou sobre este blog, mas vou contar assim mesmo:
- Os dois inspiradores foram os blogurus Nando Pereira e Nicholas Frota, jornalista e designer brilhantes com quem eu trabalhava. Na mesma época e lugar surgiram também o Pinkdress, que depois iria se transformar no delicioso blog da Dadivosa; e o C.r.i.m.i.n.a.l., que não sei por onde anda.
- DVeras em Rede nasceu em um apartamento na rua Paulino Fernandes, a uma quadra do metrô de Botafogo, no Rio. Alimentava-se com uma conexão de 128 Kb, num berçário chamado Geocities. O primeiro background do blog era cor de creme, horroroso. Depois mudei pra branco e adotei uma linha mais minimalista.
- Nesses dez anos, o blog hospedou-se nas seguintes plataformas: Geocities; f2s; Blogger; Blogger Brasil (que não deixou saudade nenhuma); Globalite (também não fez falta); novamente Blogger e, no início de 2009, WordPress. Parte dos posts se extraviou, mas desconfio que a humanidade não perdeu grande coisa.
- DVeras em Rede nunca mudou de nome. Houve um tempo em que pensei em rebatizá-lo de DVeras na Rede, mas abri uma cerveja, refleti e desisti – era uma mudança muito radical.
- Uma das primeiras logomarcas do blog foi desenhada pelo amigo Zé Dassilva, que morou com a gente um tempinho quando chegou ao Rio – e hoje é quase um carioca da gema, embora ainda torça pro Criciúma.
- DVeras em Rede nunca teve anúncio ou patrocínio, por dois motivos: não procurei, nem fui procurado. Contudo, se você tiver uma proposta interessante, posso estudar…
- …mas um dos pré-requisitos é manter a “linha editorial”: este é um blog sobre assuntos aleatórios, em que coerência temática passa longe das preocupações.
- Por que blogo com regularidade há dez anos? Vou levar outros dez pra responder.
As principais motivações racionais foram os desejos de criar um espaço de livre-pensar e de usar a ferramenta pra praticar a autodisciplina da escrita. Mas às vezes acho que é pura compulsão mesmo. Mardita compulsão divertida! - DVeras em Rede tem poucos leitores, mas de alta qualidade. Nunca me esforcei pra divulgar o blog. As pessoas vão chegando, a maioria lê em silêncio e se manda; algumas trocam um dedo de prosa nos comentários, vão embora e depois retornam, ou não. É simples assim. Já conheci gentes finas através do blog.
- Passei anos sem moderar os comentários, mas nos últimos tempos tive problemas com uns malas e precisei apagar alguns. Quando migrei pro WP, passei a usar uma ferramenta pra moderar comentários (só na primeira vez do elemento) e filtrar spam.
- Uma das coisas que me mais me divertem é conferir as palavras-chave que os paraquedistas do Google usam pra chegar até aqui, tipo: como lavar um gato em casa; fotos de cocô e xixi humano; o pintinho em forma de poesia, posição baião-de-dois e dispositivo para repelir gambás. Não se pode atender a todos.
- O segredo pra blogar durante dez anos: quando estou sem saco ou tempo pra escrever, adoto uma dessas opções: reblogar a mim mesmo, recuperando um texto antigo; reblogar os outros; contar piada; publicar anotação de leitura (aliáas adoro fazer isso e depois reler); publicar uma foto. Também deixo dias sem atualizar, sem remorso, mesmo sabendo que não é o ideal. Essa é uma das vantagens de não ter compromissos publicitários.
- Um dilema cotidiano é como preservar a intimidade sem tornar o texto insípido, impessoal. Isso requer bom senso e um delicado equilíbrio, atributos que provavelmente não tenho de sobra, mas estou na busca. Como regra geral não publico meu endereço, fotos dos rostos dos filhos, detalhes da minha vida sexual / intestinal ou referências a reportagens em andamento. Talvez devesse enfrentar melhor a timidez, é uma coisa em que sempre penso. E lembro de meu ídolo John Fante na definição de Bukowski: “Finalmente um escritor que não tem medo da emoção”.
- Blog versus redes sociais: o twitter e o facebook desviaram um pouco a minha atenção do DVeras em Rede ultimamente, mas acho que funcionam mais como complementos que como “rivais”. Há coisas que só um texto mais longo pode dar conta. E outras pras quais bastam 140 toques ou menos.
- Fase WordPress: é muito boa a nova plataforma pra gerenciar o blog, mas ainda estou engatinhando no uso dos recursos. O novo design, “em construção”, está sendo feito num trabalho conjunto com Fabrício Boppré, leitor do blog que é também designer e programador de mão cheia e se ofereceu pra uma parceria voluntária. As mudanças se inspiram na filosofia/estética japonesa wabi-sabi, mas deixo que o próprio Fabrício desenvolva isso melhor uma outra hora, num post convidado.
- O que mais gosto de escrever aqui no blog? Sem dúvida, as Miguelices e Brunitezas. Sou fãzaço dos meus meninos. Espero que, mais adiante, eles se divirtam com as frases e historinhas que registrei da infância deles.
07
Jul10
Anotações de leitura: inventar uma inocência
Uma das coisas encantadoras da leitura é encontrar textos que refletem, com brilho, ideias sobre as quais já matutei de maneira tosca. É o caso destes trechos em que o filósofo francês Michel Onfray se refere aos preconceitos sobre outros povos. Como antídoto, ele propõe ao viajante “deixar-se preencher pelo líquido local”; metaforicamente, é claro, mas não consigo deixar de associar a deliciosos momentos introspectivos que passei bebericando vinho ou cerveja (ou pisco, chicha, aquavit) em algum bar de lugar desconhecido, enquanto observava a multidão fluir e pensava na futilidade que é rotular as pessoas. Recomendo este livro a todos os viajantes.
Encerrar povos e países em tradições reduzidas, elas mesmas, a duas ou três pobres ideias é confortador, pois sempre tranquiliza submeter a inapreensível multiplicidade à unidade facilmente controlável: assim, africanos dotados de ritmo, chineses fanáticos por comércio, asiáticos em geral talentosos para a dissimulação, japoneses polidos ao extremo, alemães obcecados pela ordem, suíços bem conhecidos por sua limpeza, franceses arrogantes, ingleses egocêntricos, espanhóis orgulhosos e fascinados pela morte, italianos fúteis, turcos desconfiados, canadenses hospitaleiros, russos associados a um senso agudo de fatalidade, brasileiros hedonistas, argentinos roídos pelo ressentimento e pela melancolia, enquanto os magrebinos [africanos do norte] se caracterizam, evidentemente, pela hipocrisia e a delinquência.
Lançados indiscriminadamente, esses lugares-comuns permitem explicar – pelo menos é o que se crê – o jazz americano e as finanças pós-maoístas, a genealogia do fascismo europeu e a legendária neutralidade helvética, a insularidade genética dos anglo-saxões e a sangrenta tourada ibérica, a exceção nacional francesa e a dramática máfia moscovita depois da Glasnost, a imigração à América do Norte, terra de acolhida dos aventureiros e dos colonos, o corpo alegre das praias de Copacabana e a longa e glacial comoção do tango nas caves de Buenos Aires, mas também as taxas de criminalidade elevadas nos países europeus, pouco importando a verdade, contanto que haja uma aparência de sentido. Se fosse feita uma lista não-exaustiva dos julgamentos e das opiniões de uns sobre os outros, quem sairia incólume?
…
Um dos riscos da viagem consiste em partir para verificar por si mesmo o quanto o país visitado corresponde à ideia que se faz dele. Entre o desejo de encontrar os lugares-comuns encarnados que ocupavam o espírito e o de lançar-se numa terra absolutamente virgem, existe uma meia medida: ela supõe uma arte de viajar inspirada pelo perspectivismo nietzschiano – nada de verdades absolutas, mas verdades relativas, nada de padrão métrico ideológico, metafísico ou ontológico para medir as outras civilizações, nada de instrumentos comparativos que imponham a leitura de um lugar com os referenciais de um outro, mas a vontade de deixar-se preencher pelo líquido local, à maneira dos vasos comunicantes.Michel Onfray, Teoria da viagem: poética da geografia, p. 55-56, L&PM, 2009.
11
Jun10
Elogio do sotaque
Nesta segunda, 14/6, às 18h30, no auditório da Reitoria da UFSC, o escritor argentino Alan Pauls (autor de O passado, levado ao cinema por Hector Babenco) profere a conferência Elogio do sotaque. Este vai ser o quarto encontro do ciclo O Pensamento do Século XXI deste ano, que já trouxe o italiano Emanuele Coccia, a francesa Liliane Meffre e o norte-americano Christopher Dunn para debater questões emergentes da arte e do pensamento de vanguarda contemporâneos, informa a Agência de Comunicação da UFSC: “Ganhador do conceituado prêmio Herralde, de literatura em língua espanhola, com ´O passado`, Pauls tem também ´História do Pranto` traduzido no Brasil (pela Cosac Naify, em 2008) e uma obra breve, porém muito aclamada pela crítica internacional, com 11 títulos, vários deles traduzidos para o inglês, francês, alemão e outros idiomas”.
Não faço ideia do que ele vai falar, mas já me fisgou pelo título.
Mais informações aqui.








