11
Aug08
Anotação de leitura: chuva
…
Gosto da chuva e dos vidros embaçados onde os piegas escrevem seus recados eternos que duram até o fim do calor. Calor que se mistura com água e é suor. A chuva que atrasa um compromisso e por isso há um café que pode ser degustado com mais delicadeza em cima da mesa, enquanto ela diminui o ritmo lá fora.
…
A cidade quando chove. Crônica de Rodrigo Levino em Dias Estranhos. A sensação que perpassa o texto tem tudo a ver com minha própria relação com a chuva. E com este fim de semana de inverno.
10
Aug08
Um cronista de segunda
A partir de amanhã, Felipe Lenhart brinda os leitores do Diário Catarinense com suas “crônicas de segunda”. Ironia hilária, o cara é um fera nas letrinhas.
29
Jul08
Vai-e-vem de livros
Na viagem, li Dias e noites de amor e de guerra, de Eduardo Galeano. Textos curtos com recordações agridoces dos tempos da ditadura no Uruguai, Argentina e Brasil. Estou lendo Contos de crime – clássicos escolhidos, uma coletânea organizada por Flávio Moreira da Costa. Entre os selecionados, contos de Machado de Assis, Maupassant, Poe, Dostoievski, O. Henry, Robert Louis Stevenson, Conan Doyle… Só filé.
13
Jul08
O lixo interior
Paulo Coelho não faz meu gênero de leitura, mas esbarrei hoje em um pequeno texto do blog dele, gostei muito e recomendo. Ela escreve sobre a importância de se livrar do lixo emocional, de se desapegar de sentimentos antigos que já nos ajudaram a amadurecer e hoje já não servem mais pra nada. Palavras sábias. As paixões e dores do passado tiveram sua função e devem ficar pra trás, pra que abram espaço ao que é hoje e ao que virá.
10
Jul08
Aforismo do dia: jornalismo e literatura
Qual a diferença entre jornalismo e literatura? O jornalismo é ilegível, a literatura não é lida.
Oscar Wilde, sempre atual.
07
Jul08
Os bastidores de Glosa Glosarum
O leitor Elí de Araújo, do Rio Grande do Norte, me escreve sobre um livro engraçadíssimo e admirável do poeta Celso da Siveira, que li há muitos anos: Glosa Glosarum. Caso o editor a quem ele se refere – sem citar o nome – queira apresentar sua versão da história abaixo narrada, o espaço também está aberto. Pelo bem do público que ainda não conhece o escritor potiguar, espero que o impasse editorial se resolva e seja possível lançar novas edições dessa jóia rara.
Dia 06 passado você postou no blog substantivo plural, perguntando pelo Glosa Glosarum de Celso da Silveira. Celso, meu pai, faleceu em janeiro de 2005, deixando encaminhada a edição do Glosa. O editor, entretanto, publicou o livro sem o aval dos herdeiros, estando até hoje sem prestar contas, apesar de ter sido instado amistosamente, por diversas vezes, a fazê-lo. Lamentável porém verdadeiro. O mesmo editor, depois da morte de Celso colocou uma capa de extremo mau gosto no livro, que certamente meu pai recusaria. Além disso, editou mais recentemente, coletânea de poetisas do estado, onde incluiu minha mãe – Myriam Coeli – mais uma vez sem pedir autorização e sem prestar contas. Trata-se, como pode ver, meu caro Dauro, de um facínora das letras. Atenciosamente, Elí de A.
04
Jul08
A China pelo olhar de Sônia Bridi
Minha ex-colega de curso na UFSC, Sônia Bridi, hoje correspondente da TV Globo em Paris, está lançando pela editora Letras Brasileiras o livro Laowai (Estrangeiro). Numa mistura de reportagem e diário de viagem, Sônia conta das experiências que ela mais o marido, o cinegrafista Paulo Zero, e um filho de três anos viveram em 2005 e 2006 na China, onde montaram a primeira base da emissora na Ásia.
Diz o texto do convite da Letras Brasileiras: “Uma história divertida, intensa e delicada, que provoca risos e lágrimas, sem apelações ou pieguices. … Um retrato pitoresco, emocionado e extremamente requintado da sociedade chinesa,…com olhar perspicaz de repórter e viajante experiente e uma perspectiva feminina que dá ao relato um sabor especialíssimo”.
Um livro de reportagem e histórias sobre a China, por si só, já me deixaria curioso (em 93 estive em Taiwan e Hong-Kong, o que me deixou com água na boca pra conhecer melhor essa cultura fantástica). Escrito pela Sônia, então – uma das repórteres de tevê mais brilhantes que conheço -, não dá pra deixar de ler. O lançamento com presença da autora vai ser no dia 10 de julho às 19h na Livraria Cultura de São Paulo (Conjunto Nacional); 15 de julho às 19h na Livraria da Travessa em Ipanema, Rio de Janeiro; e 17 de julho às 19h na Livraria Saraiva, em Floripa. Pena que estarei viajando, mas vou reservar meu exemplar.
01
Jul08
Balanço semestral de leitura e blogagem
Começou o segundo semestre. Antes de tudo, parabéns ao Ulysses, do Esquerda Festiva, que faz aniversário hoje, e à Nega Balbys, que fez ontem. Tenham um grande dia! Meia volta do planeta em torno do sol. Tempo inventado, metade do ano. Sensação de que 2008 tá “passando rápido e não fiz quase nada”, misturada com a de que vivi, nesses seis meses, experiências que valem por uma vida inteira. Ambas as impressões são verdadeiras, é a tal história do copo metade cheio e metade vazio, ou da zebra branca de listras pretas que também é preta de listras brancas. Tempo de recalibragem de rota. No meio do caminho, a busca do caminho do meio. Efeméride efêmera, que ao menos rende frases zen e assunto pra blogar.
Começo o balanço pelo índice de investimento em literatura. Nos seis primeiros meses de 2008 li 13 livros (lista na coluna da direita), o que dá uma média de 2,2 livros por mês. Posso dizer a meu favor que foram todos livros bons, alguns excelentes. Mas 2,2 é pouco. Tive que aplicar tempo considerável lendo profissionalmente vários calhamaços técnicos e pedagógicos. Outros cinco livros estão em andamento simultâneo e em releitura, alguns quase no fim. Se fossem considerados, elevariam a marca do semestre pra 18 e a média mensal pra 3. Por isso sou pé atrás com estatísticas, tudo depende do critério adotado. Bem, vou tentar ler 50 até o fim do ano, o que vai exigir muito sacrifício em indolentes tardes na rede do quintal.
Vamos ao índice de assiduidade no blog. Foram 320 posts de janeiro a junho, uma média de 53,3 por mês e 1,8 por dia, entre textos, fotos e charges. Março foi o mês de mais blogagem, com 69 posts, e fevereiro o mais rarefeito, com 33 – quem acompanha o blog sabe por quê. Se confirmada a projeção, vou fechar 2008 com 640 posts, superando o recorde de 639 obtido no ano passado. Aí talvez me dê um prêmio – e um descanso aos leitores – de um mês inteiro sem publicar aqui… Mas deixemos isso pro verão. De janeiro a junho foram 418 comentários, média de 70/mês, 2,3/dia. Alguns comentários foram meus mesmo, respondendo aos outros e involuntariamente inflando esta estatística. E chega de balanços por ora. Vamos ao segundo semestre.
10
Jun08
Domingo na Lagoa com a Barca dos Livros
No domingo fomos conhecer melhor a Barca dos Livros. É um lindo projeto da Sociedade Amantes da Leitura, que criou uma biblioteca na Lagoa da Conceição e, no segundo domingo de cada mês, promove passeios de barco com contadores de histórias. Uma das contadoras é a amiga Gilka Girardello, que foi minha professora do curso de jornalismo. Tem também o Sérgio Bello, o Polo com seu acordeon e outras pessoas que não conheço. Um barco cheio de livros sai com a criançada, pára no meio da Lagoa e começam as histórias entremeadas de música. Ao final, sorteiam um livro infantil.
Lanchamos no café da biblioteca com o Tomate, a Nega, a Isa e a Fernanda. Depois fomos ao Cineclube Sal da Terra conferir de novo À luz de Schwanke, curta-metragem dos amigos Ivaldo Brasil e Maurício Venturi, com roteiro de Ivi e da Katia Klock, que foi exibido sábado no Centro Integrado de Cultura durante o FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul.
Muita gente conhecida teve a mesma idéia. E a maioria resolveu levar os filhos. A criançada tomou conta do centro cultural com suas correrias e brincadeira de se esconder – acho salutar uma boa dose de irreverência em centros culturais. Quase todas as crianças também viram o documentário, embora esperassem um desenho animado ou coisa parecida. Dia divertido. Clique nas fotos pra ampliar.
06
Jun08
FAM e Barca dos Livros
Agenda bacana pro fim de semana em Floripa: a partir de sexta, FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul, no Centro Integrado de Cultura; domingo, Barca dos Livros, um passeio embarcado com contadores de histórias na Lagoa da Conceição. E que venha tempo bom.







