24
Jun11
CurtaDoc ganha portal na internet
Mais uma novidade deste movimentado período de ebulição cinematográfica em Floripa. Nesta sexta, 24 de junho, a Contraponto se prepara pra lançar o novo portal do CurtaDoc no FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul. O site vai ser o primeiro acervo brasileiro de curta-metragem focado no gênero documentário.
O CurtaDoc é também um programa de televisão, exibido desde 2009 pelo SESCTV. No ar toda terça-feira às 21h, com reprises na semana, vai na segunda temporada com mais 50 programas. Bela iniciativa dos amigos Kátia Klock, Maurício Venturi, Lícia Brancher e equipe.
23
Jun11
Mostra de Cinema Infantil, ano 10
Hoje às 19h, no Teatro Álvaro de Carvalho, vai ser aberta a 10a. edição da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, um evento do qual sou fã incondicional e tenho o maior orgulho de já ter participado na divulgação. Na programação, a primeira exibição pública de Tainá 3 – ainda não completamente finalizado -, uma homenagem a Ziraldo e dezenas de produções. Uma parceria com cineclubes e pontos de cultura vai possibilitar ampla difusão dos produtos audiovisuais brasileiros pra crianças. A Mostra comemora dez anos com o lançamento de um canal na internet pra download gratuito de filmes para a infância, Filmes que Voam.
Entrevista da diretora da Mostra, Luiza Lins, ao canal Futura:
23
Jun11
Revelando os Brasis
De 24/6 a 1/7, realiza-se a 15a. edição do Florianópolis Audiovisual Mercosul, um espaço privilegiado pra quem curte cinema e quer conhecer o que está sendo produzido no Brasil e países hermanos. Um dos pontos interessantes da programação é Revelando os Brasis, que vai ser apresentado no dia 27. O projeto, que já está no quarto ano, promove a formação e inclusão de audiovisuais produzidos por moradores de municípios com até 20 mil habitantes. Olha só que bacana:
Os autores das 40 histórias selecionadas participam de oficinas preparatórias de Roteiro, Direção, Produção, Fotografia, Som, Edição, Direção de Arte, Direitos Autorais, Mobilização e Comunicação Colaborativa com o objetivo de transformar suas histórias em vídeos digitais com duração de até 15 minutos.
Depois, eles retornam às cidades para colocar em prática o que aprenderam, a fim de realizar o filme. Lá, membros da comunidade assumem funções dentro da equipe de produção, contribuindo para execução da obra. Após a edição e a finalização, as obras integram um circuito de exibição aberto e gratuito pelos municípios participantes e pelas capitais dos estados integrantes da edição.
O circuito nacional do Revelandos teve início na semana passada, na cidade de Itambé, no Paraná, passou por três cidades paranaenses e agora está em Santa Catarina. Este ano a edição é composta por 22 documentários e 18 ficções. Desses, três produções são catarinenses: Tamanca de Madeira, de Irineópolis, Doce Amargo, de Dionísio Cerqueira e Vida em Trocos, de Treze Tílias.
06
Jun11
O fim do sem fim
Recebi da Marina Moros e compartilho:
O Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem/Navi e o PPGICH/UFSC convidam para exibição do filme O FIM DO SEM FIM, de Cao Guimarães, Lucas Bambozzi e Beto Magalhães, dentro da programação da “Mostra de Documentários In (ter) disciplinados”.
dia 09 de junho, quinta-feira, 18h30min, no auditório do CFH
No documentário de Beto Magalhães, Cao Guimarães e Lucas Bambozzi, o foco central é o iminente desaparecimento de certos ofícios e profissões no Brasil. Rodado em 16mm, Super-8 e DV nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Ceará, o filme retrata a inventividade e resistência do brasileiro diante das mudanças tecnológicas e culturais. Partindo do debate entre a finalidade e o fim das coisas, as evoluções são discutidas pelos próprios indivíduos retratados.
Uma pergunta difícil insinua-se em cada plano, cada sequência de “O Fim do sem Fim”. Nos 93 minutos, ninguém precisa fazê-la explicitamente para que se imponha, silenciosa e perturbadora: o que acontece com as coisas quando não atendem mais às demandas do mercado? Que papel lhes resta quando perdem valor econômico num mundo em que tudo tem preço?
Coisas, aqui, são profissões -ofícios decadentes, quase extintos, que resistem (ou agonizam) à margem da modernidade. “O Fim do sem Fim” os elege como tema e sai pelo Brasil à procura de personagens que ainda os exercem.
Encontra uma porção deles: o tocador de sinos, o fotógrafo lambe-lambe, a parteira, o benzedor, o relojoeiro, o ascensorista, o lanterninha, o faroleiro, o engraxate, o amolador de facas, o recarregador de isqueiros, o amargo funcionário de uma ferrovia desativada e um improvável maestro de galos, que ensina aves tímidas a cantar.
Não satisfeito em redescobri-los, o filme de Beto Magalhães, Cao Guimarães e Lucas Bambozzi lhes dá generosa atenção. Deixa que falem longamente, que se entreguem às recordações, que esmiucem os segredos do ofício.
Enquanto se revelam, acabam desnudando também o real intento do documentário: tratar de profissões, sim, mas apenas como pretexto para mostrar homens e mulheres à deriva. Gente já sem viço ou força competitiva. Trabalhadores que o tempo e uma equivocada idéia de progresso tornaram tão desnecessários quanto as atividades que praticam.
Não à toa, a maioria dos depoimentos é de idosos. No entanto, em vez de lamúrias e rancores, os velhos profissionais preferem expressar o júbilo. À beira da inexistência, se afirmam felizes, gratificados, e ressaltam, orgulhosos, as complicações de afazeres que o senso comum considera fáceis demais. “Você pensa que minhas tarefas são simples? Não são.”
Há, sem dúvida, algo desconcertante nessa retórica cor-de-rosa, talvez porque os olhares melancólicos e os gestos cansados dos personagens pareçam desmentir o tom otimista das declarações. Um tom que em nada ameniza a gravidade da pergunta insistente: o que, afinal, acontece com as coisas -as pessoas, as iniciativas, os sonhos- que já não têm lugar?
Para respondê-la, o trio de cineastas dribla a tentação panfletária (que poderia resultar em pregações sociológicas, por exemplo) e encontra uma saída belíssima. Entre um depoimento e outro, introduz imagens religiosas, “takes” de crianças brincando e o tagarelar de um certo Mestre dos Mestres -sujeito amalucado que dispara frases repletas de termos científicos e acadêmicos, mas inteiramente desconexas.
Num primeiro momento, tais cenas soam descabidas. À medida que se sucedem, porém, estabelecem um diálogo sutil, delicado, com as profissões que permeiam o documentário.
É como se o filme dissesse: coisas que carecem de sentido mercantil passam a ocupar o mesmo espaço do sagrado, do lúdico e da loucura. Não estão, portanto, condenadas à morte. Devem permanecer sobre a Terra para nos lembrar de que existir não depende necessariamente de motivações racionais nem de utilidade comercial.
04
May11
O porco vai à Alemanha (e às nuvens)
Espírito de Porco, documentário que co-dirigi com o Chico Faganello, vai ser exibido dia 12 de maio às 18h no Internationalen Haus Heilig Geist de Nuremberg, Alemanha. O filme foi “selecionado com louvor” pelo Ceclam- Centro Cultural Latinoamericano Alemán. No dia 14 às 20h, a exibição vai ser no Centro Cultural Wildwuchs, na Associação Cultural Teuto Brasileira, em Munique. E no final de maio, vai estar disponível pra download gratuito em www.filmesquevoam.com.br
O média-metragem de 52 minutos, narrado em off pelo fantasma de um porco recém-abatido, aborda os impactos sociais e ambientais da suinocultura industrial no oeste de Santa Catarina. Compõem os ingredientes da história a poluição de mananciais, do solo e do ar, tradições culturais e festas populares, gastronomia, produção caseira versus linha de montagem, bem-estar animal e as (muitas) semelhanças entre humanos e porcos.
Depois de três anos de produção com uma equipe de 20 pessoas, lançamos o filme em julho de 2009 em Seara, onde foi captada a maioria das imagens. Em seguida ele foi exibido em várias cidades de Santa Catarina e também em outros estados e países. O porco já ganhou quatro prêmios: nos festivais ambientais de Seia, Portugal, e de La Fortuna, Costa Rica; no festival sobre os direitos dos animais em Curitiba; e no festival de cinema rural em Piratuba, SC.
Os alemães são grandes consumidores de carne suína e, em geral, avançados quanto a questões ambientais – pelo menos na terra deles (a produção em território europeu tem sido transferida para outros países, junto com os problemas gerados pela atividade). Exibir o filme na Alemanha tem um significado especial para nós, pois devemos muito da sua densidade à pesquisa realizada lá pela irmã do Chico, Nane Faganello, moradora de Stuttgart e co-autora do roteiro.
Estou contente que em mais algumas semanas o porco vai subir às nuvens para ser baixado de graça (o site Filmes que voam está em testes finais). É uma forma de disseminar o debate sobre o assunto para um número muito maior de pessoas. E também de devolver à sociedade o resultado do investimento público no projeto – o filme foi realizado com 60 mil reais do Prêmio Cinemateca Catarinense / Fundação Catarinense de Cultura.
11
Feb11
Festival de Cinema do Júri Popular
Recebi da Sofia Mafalda, do Cineclube Ieda Beck, e compartilho:
Festival do Júri Popular no Cineclube Ieda Beck: de 15 a 18 de fevereiro de 2011
O ano de 2011 começa este mês para o Cineclube Ieda Beck, que inicia seu terceiro ano e está mais popular do que nunca. Pelo segundo ano consecutivo, as portas estarão abertas de 15 a 18 de fevereiro para receber os 41 selecionados do Festival do Júri Popular 2011, em sua terceira edição.
Com duas sessões por noite, a primeira ás 19h30 e a segunda ás 21h, com exceção do dia da abertura, terça 15 de fevereiro que começará com a sessão Hours Concours, às 20h. Com isso, o Cineclube Ieda Beck continua a cumprir seu papel: formar público e dar visibilidade à produção independente que está à todo vapor no Brasil. O Cineclube Ieda Beck é uma realização da Cinemateca Catarinense, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis (FUNCINE), Fundação Franklin Cascaes e Travessa Cultural.
Neste Festival não há jurados indicados. Quem irá dizer qual é o melhor filme será o próprio público. Ampliando seu raio de atuação, o mais abrangente festival de cinema do país acontecerá em 22 cidades brasileiras simultaneamente entre os dias 14 e 20 de fevereiro.
O Comitê de Seleção formado por Eduardo Ades (produtor e curador), Ines Aisengart Menezes (curadora), Maria Flor Brazil (produtora), Raphael Mesquita (diretor e produtor) e Angelo Defanti (coordenador do Festival) avaliou as mais de 400 inscrições e anunciou os seus 41 selecionados:
Programação:
15 / 02 TERÇA 20:00 Hors-Concours
A invenção da Infancia, de Liliana Sulzbach, 26’, RS, doc.
Eletrodoméstica, de Kleber Mendonça Filho, 22’, PE, fic.
Onde andará Petrúcio Felker, de Allan Sieber, 12’, RJ, anim.
O oitavo selo, de Tomás Creus, 15’, SP, fic.
Vida Maria, de Marcio Ramos, 8’, CE, anim.
16 / 02 QUARTA 19:30 Programa 1
Angeli 24h, de Beth Formaggini, 25’, RJ, doc.
A Dama do Peixoto, de D. Soares e Allan Ribeiro, 12’, RJ, doc.
Amigos Bizarros do Ricadinho, de Augusto Canani, 20’, Rs, fic.
Só mais um filme de amor, de Aurélio Aragão, 19’, RJ, Doc.
Contagem, de Gabriel Martins e Maurilio Martins, 18’, MG, fic.16 / 02 QUARTA 21:00 Programa 2
Ela veio me ver, de Essi Rafael, 16’, MS, fic.
Geral, de Anna Azevedo, 15’, RJ, doc.
Izamara, de Diogo Hayashi, 9’, SP, anim.
O Som do Tempo, de Petrus Cariry, 10’, Ce, exp.
147, de Marcelo Tannure, 4’, MG, anim.
Tempestade, de Cesar Cabral, 10’, SP, anim.
A Noite por Testemunha, de Bruno Torres, 24’, DF, fic.17 / 02 QUINTA 19:30 Programa 3
Garoto de Aluguel, de Tarcísio Lara Puiati, 22’, RJ, fic.
Como é bonito o Elefante, de L. Barbi e J. Mallon, 8’, RJ, fic.
Fantasmas, de André Novais Oliveira, 11’, MG, fic.
Haruo Ohara, de Rodrigo Grota, 16’, PR, doc.
Peixe Pequeno, de Vincent Carelli e Altair Paixão, 4’, Pe, doc.
A Inventariante, de Patricia Francisco, 07’, SP, exp.
Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho, 23’, Pe, fic.17 / 02 QUINTA 21:00 Programa 4
Eu não quero voltar sozinho, de Daniel Ribeiro, 17’, SP, fic.
Transcomunicação, de Arthur Tuoto, 3’, SP, exp.
Fábula das Três Avós, de Daniel Turini, 17’, SP, fic.
Nalu, de Stefano Capuzzi Lapietra, 6’, SP, fic.
Formigas, de Caroline Fioratti, 18’, SP, fic.
Mídia Obsoleta, de André Sicuro, 1’, RJ, exp.
Intervalo, de Alexandre Rafael Garcia, 9’, PR, fic.
Raz, de André Lavaquial, 19’, RJ, fic.18 / 02 SEXTA 19:30 Programa 5
Ratão, de Santiago Dellape, 20’, DF, fic.
Instantâneos, de Andra Capella, 15’, RJ, doc.
O Solitário Ataque de Vorgon, de Caio D’Andrea, 6’, SP, fic.
Bailão, de Marcelo Caetano, 17’, SP, doc.
Caos, de Fábio Baldo, 15’, SP, fic.
As Aventuras de Paulo Bruscky, de G. Mascaro, 20’, PE, doc.18 / 02 SEXTA 21:00 PROGRAMA 6
O Plantador de Quiabos, de Coletivo Sta. Madeira, 15’, SP, fic.
7 Voltas, de Rogerio Nunes, 19’, SP, doc.
O Diário da Terra, de Diogo Viegas, 1’, RJ, anim.
Ensolarado, de Ricardo Targino, 14’, RJ, fic.
Orquestra do som cego, de Lucas Gervilla, 13’, SP, doc.
Balanços e Milkshakes, de E. Ricco e F. Mendes, 10’, MG, anim.
Carreto, de Marília Hughes e Cláudio Marques, 12’, BA, fic.
Verão, de Thiago Pedroso e Hiro Ishikawa, 9’, SP, fic.Os filmes da mostra competitiva concorrerão nas seguintes categorias sob o julgamento do público: Grande Prêmio, Melhor Ficção, Melhor Documentário, Melhor Animação, Melhor Experimental, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator e Melhor Atriz.
O Grande Prêmio receberá o Prêmio Porta Curtas Petrobras, Prêmio Estúdios Mega, Prêmio Distribuição Curta o Curta dentre outros prêmios em serviços. A Melhor Fotografia ainda receberá o Prêmio Kodak.
Maiores informações:
www.festivaldojuripopular.com.br
www.cinematecacatarinense.org
ENTRADA FRANCA
Sessões ocorrerão na nova sede da Cinemateca Catarinense
Travessa Ratclif, 56 – Centro – Florianópolis, SC / 48 3224.7239 / Funcine 3224.6591Fonte:
Sofia Mafalda (produtora do Cineclube Ieda Beck)
04
Feb11
O porco vai a Toulouse
Espírito de Porco foi selecionado para exibição no Festival de Filmes Latino-Americanos de Toulouse, França. A participação vau ocorrer no Panorama Documental, uma seção não-competitiva com 16 documentários latino-americanos produzidos em 2009 e 2010. Haverá duas exibições, em datas a agendar entre os dias 18 e 27 de março.
02
Oct10
Costa Rica dá menção especial ao Porco
Recebi agora há pouco um e-mail do Chico Faganello com a notícia: nosso documentário Espírito de Porco ganhou menção especial no Critério Ambiental - Primeiro Festival Internacional de Cinema do Meio Ambiente de La Fortuna de San Carlos, Costa Rica. O evento foi realizado de 25 de setembro a 1 de outubro nessa pequena cidade a 10 km do vulcão Arenal, o mais ativo do país centro-americano.
A comissão julgadora, formada por Pedro Piñeiro Fuente, diretor do Festival de Cinema Ambiental de Zaragoza, Espanha; Marianella Protti, atriz e produtora artística costarriquenha; e Irina Katchan, coordenadora do Observatório Climático da Costa Rica, justifica assim a menção ao porco:
Por su original propuesta cinematográfica, en la que, de manera irónica, dibuja la delicada y estrecha semejanza entre el ser humano y otros animales.
La película, además, nos brinda un excelente mensaje sobre la elección personal; individualmente podemos contribuir a mejorar nuestro Planeta. El documental nos enseña que detrás de cada artículo de consumo existe una historia, y está en cada uno aceptar o rechazar lo que se nos ofrece.
O filme premiado foi Vienen por el oro, vienen por todo, produção argentino-espanhola de 2009 que trata dos impactos da mineração, dirigida por Pablo D’Alo Abba e Cristián Harbaruk. Outra menção especial foi concedida a A Road Not Taken (Uma estrada não tomada), produção suíça de 2010 dirigida e produzida por Christina Hemauer e Roman Keller. Por fim, o júri concedeu menção especial ao diretor do festival, Gustavo Solís-Moya, “pelo excelente material escolhido e pela iniciativa de realizar o mesmo, animando-nos a seguir adiante com iniciativas e ações concretas para proteger nosso planeta Terra”.
Nosso documentário coloca em debate o impacto socioambiental provocado pela suinocultura industrial no oeste de Santa Catarina. Com esta, são quatro as premiações em eventos cinematográficos. Em 2009 o filme recebeu prêmios no Festival de Cinema pelos Direitos dos Animais em Curitiba e no Festival Ambiental de Seia, Portugal. No último sábado, ganhou o de Melhor Contribuição Social no Festival de Cinema Rural de Piratuba (SC). Mais uma vez, compartilho a alegria com toda a equipe.
Ainda não viu Espírito de Porco, o filme mais sujo dos últimos tempos? Clique aqui pra solicitar o DVD.
26
Sep10
E o porco leva mais um prêmio
Espírito de Porco recebeu ontem à noite o prêmio de “melhor contribuição social” no II Festival Nacional de Cinema e Vídeo de Piratuba. E assim nosso documentário passa a colecionar três premiações – recebeu as outras em 2009 nos festivais de Curitiba e de Seia, Portugal. Compartilho a alegria com o cara que co-dirigiu essa porcaria comigo, Chico Faganello. No momento ele está acompanhando o filme num festival ambiental na Costa Rica. Eu abraço também toda a equipe, em especial Nane Faganello, Licia Brancher, Cintia Domit Bittar, Vinicius Muniz e Renato Turnes, que dedicaram um montão de horas e de talento pra viabilizar a produção.
Piratuba é uma cidadezinha agrícola no Meio-Oeste catarinense com pouco mais de 4 mil habitantes, a maioria, descendentes de alemães. Fica vizinha a Ipira e bem próxima da divisa com o Rio Grande do Sul. O charme de Piratuba são suas águas termais, que a tornam um lugar perfeito pro turismo geriátrico. Cheguei ontem à tarde e fui direto ao Paraíso: o nome do hotel, na avenida principal. Fiquei tomando cerveja com uns amigos numa mesa na calçada, observando o movimento. Coisa curiosa é a moda que o pessoal tem de caminhar pela rua vestindo roupões de banho. Gostei! Um desfile que celebra o bem-estar e a informalidade. Passou até um cara vestido de vermelho dos pés à cabeça, acho que torcedor do Inter.
De noite, a entrega dos prêmios no Centro de Convenções reservou uma alegria dupla pra minha amiga Adriane Canan: o filme que ela roteirizou e fez assistência de direção – Mulheres da terra, dirigido por Márcia Paraíso – ganhou o troféu de melhor documentário e melhor filme do festival. O doc delas é sobre agricultoras familiares. No palco, a Adri fez um agradecimento especial à generosidade dessas camponesas, foi bem bonito. Como prêmio, a equipe vai receber cem mil reais em serviços de produção para finalizar um filme, com duas condições: tem que ter temática rural e estrear em Piratuba.
No hall de entrada, um grande mapa do Brasil indicava que houve filmes inscritos de todos os estados brasileiros, exceto Acre, Rondônia, Roraima e Alagoas. Ao todo, mais de 120 produções. Tive a oportunidade de conhecer gente finas, como o César Furlan Dassie, repórter do Globo Rural – que ganhou prêmio de melhor reportagem com uma matéria sobre parteiras; o Julinho, premiado na categoria amador com o polêmico curta Veneno de Colono; e uma animada turma de professores e estudantes de jornalismo da Unoesc, de Chapecó. Peguei só a última noite do festival, encerrada em grande estilo com show do mestre da viola Almir Sater. Pelo que me disseram, ainda há bastante a avançar nas próximas edições. Mas a impressão que deu é que tem tudo pra emplacar como evento anual no calendário do cinema brasileiro. A cidade, o estado e os cineastas só têm a ganhar.
p.s.: No retorno de carro pra pegar o voo em Chapecó, viajei ao lado de Almir Sater, de quem sou fã há tempo. Duas horas e meia de conversa agradabilíssima. Também foi conosco Claudio Savaget, produtor do Globo Ecologia, outro figuraço. Mas isso fica pra outro post.
20
Sep10
Still de Espírito de Porco
Recebi da Cíntia Domit Bittar, que editou Espírito de Porco, esta foto dos bastidores da filmagem do nosso documentário em Seara, no Meio-Oeste de SC. Da esquerda pra direita: eu, Cíntia, Chico Faganello, Vinicius Muniz e o sr. Biondo, que gentilmente nos facilitou amplo acesso a sua granja em várias ocasiões. Foi muito bom trabalhar com essa galera.










