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May11
O porco vai à Alemanha (e às nuvens)
Espírito de Porco, documentário que co-dirigi com o Chico Faganello, vai ser exibido dia 12 de maio às 18h no Internationalen Haus Heilig Geist de Nuremberg, Alemanha. O filme foi “selecionado com louvor” pelo Ceclam- Centro Cultural Latinoamericano Alemán. No dia 14 às 20h, a exibição vai ser no Centro Cultural Wildwuchs, na Associação Cultural Teuto Brasileira, em Munique. E no final de maio, vai estar disponível pra download gratuito em www.filmesquevoam.com.br
O média-metragem de 52 minutos, narrado em off pelo fantasma de um porco recém-abatido, aborda os impactos sociais e ambientais da suinocultura industrial no oeste de Santa Catarina. Compõem os ingredientes da história a poluição de mananciais, do solo e do ar, tradições culturais e festas populares, gastronomia, produção caseira versus linha de montagem, bem-estar animal e as (muitas) semelhanças entre humanos e porcos.
Depois de três anos de produção com uma equipe de 20 pessoas, lançamos o filme em julho de 2009 em Seara, onde foi captada a maioria das imagens. Em seguida ele foi exibido em várias cidades de Santa Catarina e também em outros estados e países. O porco já ganhou quatro prêmios: nos festivais ambientais de Seia, Portugal, e de La Fortuna, Costa Rica; no festival sobre os direitos dos animais em Curitiba; e no festival de cinema rural em Piratuba, SC.
Os alemães são grandes consumidores de carne suína e, em geral, avançados quanto a questões ambientais – pelo menos na terra deles (a produção em território europeu tem sido transferida para outros países, junto com os problemas gerados pela atividade). Exibir o filme na Alemanha tem um significado especial para nós, pois devemos muito da sua densidade à pesquisa realizada lá pela irmã do Chico, Nane Faganello, moradora de Stuttgart e co-autora do roteiro.
Estou contente que em mais algumas semanas o porco vai subir às nuvens para ser baixado de graça (o site Filmes que voam está em testes finais). É uma forma de disseminar o debate sobre o assunto para um número muito maior de pessoas. E também de devolver à sociedade o resultado do investimento público no projeto – o filme foi realizado com 60 mil reais do Prêmio Cinemateca Catarinense / Fundação Catarinense de Cultura.
Parabéns, Dauro.
É mais um grande trabalho reconhecido.
Que bom que o site está de volta.
Forte abraço