16
Aug08
De feijões, risadas, chatos, humor e cinema
Brasília tava seca de rachar os beiço.
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Sábado de plantar feijões no quintal.
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Lembrancinhas de viagem pros meninos: um saco de risadas e um ovo de dinossauro. O bichim nasce depois de 48 horas dentro d’água.
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Por que será que criança gosta tanto de dinossauro?
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Tenho horror a quem cobra dos outros ser “mais crítico”. Ô gente sem autocrítica.
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Do Marcelo Tas na revista de bordo da Gol: “O Brasil só vai mudar no dia em que o João Moreira Salles fizer um documentário sobre os bancos”.
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Vi ontem Meu nome não é Johnnie, sobre João Estrella, carioca de classe média que vira viciado e traficante de cocaína. Muito bom! Selton Mello e Cleo Pires na melhor forma.
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Cena hilária a da cadeia, em que ele serve de intérprete pro preso do Comando Vermelho (o talentoso Luis Miranda, do Terça Insana) esculachar os africanos.
07
Aug08
Ah, se eu estivesse no Rio…
Recebi e passo adiante a divulgação deste evento de “cinema ao vivo” no Rio de Janeiro:
A Mostra Nacional de LIVE CINEMA é o desdobramento da primeira Mostra de LIVE CINEMA brasileira que ocorreu na Sala de cinema ODEON entre os dias 26 e 29 de Setembro de 2007, no Rio de Janeiro. Foram três noites, com apresentações de seis artistas brasileiros que mostraram ao público carioca composições audiovisuais inéditas, onde o som e as imagens eram manipuladas ao vivo e em tempo real diante da platéia.Agora, atendendo a crescente demanda do público e dos artistas realizadores brasileiros, acontece a primeira mostra de caráter nacional exclusivamente de LIVE CINEMA do país. Mostra essa que pretende mapear, reunir e exibir os mais significativos trabalhos de artistas brasileiros ligados à arte da manipulação de imagens e sons em tempo real.
Serão 10 artistas de pelo menos 4 estados brasileiros em 6 dias de apresentações em uma sala de cinema especialmente preparada para o evento (dias 15 a 17 e 22 a 24/08). Além das apresentações, a mostra também conta com a exibição de vídeos nacionais e internacionais realizados ao vivo ( 12 a 24/08). Serão 5 programas de vídeo, 2 internacionais e 3 nacionais, totalizando 20 vídeos e coletâneas. Ocorrerão também duas mesas de debates discutindo assuntos relacionados ao tema e à evolução da tecnologia nas novas mídias digitais (19 e 20/08).
06
Aug08
Mostra de Ciência e Cinema da Coruña
Recebi do Cesar Valente, que recebeu do blogueiro galego Martin Pawley, mensagem sobre a primeira mostra de ciência e cinema da Coruña, no norte da Espanha. Segue a mensagem na íntegra, no saboroso idioma galego.
…e non recibimos aínda ningún filme procedente do Brasil! Por favor, difundide esta información entre aquelas persoas que pensedes que poden estar interesadas. Obrigado!
AÍNDA HAI DÚAS SEMANAS DE PRAZO PARA PARTICIPAR NA MOSTRA DE CIENCIA E CINEMA
Filmes procedentes de Francia, Italia, Grecia, Alemaña, Inglaterra, EEUU e mesmo Burkina Faso chegaron xa ao longo dos últimos dous meses á oficina da Asociación de Amigos da Casa das Ciencias, no Parque de Santa Margarita da Coruña. Entre o material recibido hai varios documentais inéditos, mais tamén traballos exhibidos e premiados en festivais internacionais, nalgúns casos non especificamente científicos, caso de Sundance ou o “It’s all true” de São Paulo.
Na súa primeira edición a Mostra de Ciencia e Cinema concederá dous premios principais cunha dotación económica de seis e tres mil euros, respectivamente, e un premio específico para o mellor documental galego (dous mil euros). Ademais, un xurado formado por estudantes de secundaria e bacharelato outorgará un Premio da Xuventude, dotado con dous mil euros. A data límite para o envío de orixinais é o venres 22 de agosto.
Organizada pola Asociación de Amigos da Casa das Ciencias, a Mostra de Ciencia e Cinema conta coa colaboración da Dirección Xeral de Investigación, Desenvolvemento e Innovación da Consellería de Innovación e Industria; da Concellería de Cultura do Concello da Coruña, e dos Museos Científicos Coruñeses. O programa da Mostra
inclúe tamén entre outras actividades un ciclo de filmes nas instalacións do Centro Galego de Artes da Imaxe da Coruña, e un Obradoiro de guións documentais científicos, impartido polo profesor da Universidade de Navarra Bienvenido León e desenvolvido co apoio da Axencia Audiovisual Galega. O Obradoiro de guión cubriu xa a metade das súas prazas disponíbeis en apenas catro días desde que se abriu o
prazo de inscrición.Web da Mostra de Ciencia e Cinema: http://cienciaecinema.org/
Info sobre o Obradoiro de guión: http://cienciaecinema.org/?p=29
Correo de contacto: info@cienciaecinema.org
05
Aug08
Cinema infantil japonês

Meu vizinho Totoro, de Hayao Miyazaki, na 7a. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis
04
Aug08
Segundeiras
Coisas do jornalismo: passei metade da tarde numa interessante conversa sobre polímeros e reciclagem, com um especialista da Engenharia de Materiais da UFSC.
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Descobri hoje o blog do Zeca Camargo, aquele do Fantástico. Escreve bem o rapaz. Bem articulado, viajado, culto. Um tanto verborrágico pro meu gosto, mas tem o que dizer.
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O DVD Bob Esponja – O Filme, está passando uma temporada de quatro dias aqui em casa. Repetições incansáveis, entretenimento garantido.
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No fim de semana vimos Um Bonde Chamado Desejo (A Streetcar Named Desire, de Elia Kazan, 1951), adaptação da peça de Tennessee Williams. Marlon Brando arrebenta.
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Terminei de ler Contos de Crime (PocketOuro, 2008), coletânea de Flávio Moreira da Costa. Muita coisa boa. Gostei muito de Marjorie Daw, de Thomas Bailey Aldrich (EUA, 1835-1907).
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Costa da Lagoa no domingo, com Miguel e com meu sobrinho Érico. Sol e vento sul, anchovinha grelhada no Bela Ilha. Caminhada curta, 40 min, e o restante de barco.
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Amar é… se molhar todo com um jato de vômito do filho e não sentir um pingo de nojo.
E vamos em frente, que a semana só começou.
13
Jul08
Palavra Cantada encerra mostra de cinema
E hoje chega ao fim a 7a. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Foram 17 dias intensos, 106 filmes exibidos para 25 mil crianças, pré-estréias nacionais, debates instigantes, muita pipoca e emoção. Fiz a assessoria de comunicação junto com as amigas e colegas Kátia Klock, Adriane Canan e Cleide de Oliveira, com apoio do Vinicius Muniz no making of. Foi cansativo, mas um privilégio e um grande aprendizado. Tivemos ampla cobertura da mídia e foi nítido o salto de qualidade da Mostra, que acompanho há alguns anos como pai-espectador. É uma alegria imensa ver que o trabalho da Luiza Lins, mãe do evento, ganhou dimensão tão importante pra cultura local e nacional. A onda de beleza gerada em Floripa vai chegar até a Suécia, que em março de 2009 recebe, no Festival de Financiamento de Malmö, um projeto de filme brasileiro selecionado aqui.
Vou guardar muitas lembranças boas desses dias. Do Centro Integrado de Cultura ao Hotel Majestic, de Palhoça aos bairros de periferia, a Mostra irradiou magia pra muitos meninos e meninas que tiveram o primeiro contato com o cinema. Vi lágrimas no rosto de professoras e a alegria com que o pessoal da produção trabalhou pra que o evento tivesse a melhor qualidade possível. Acompanhei a pintura da tela gigante “Eu no mundo” pelas crianças da comunidade Chico Mendes, na oficina Palavra Pintada. A maneira bonita como elas foram desarmando suas couraças em meio a atividades de massagem, dança e canto. O sorriso orgulhoso da meninada que fez a oficina de dublagem ao ver exibido o seu trabalho pro público. O insight dos participantes da oficina de flipbook ao se darem conta, nos bloquinhos de papel, de como funciona a ilusão de ótica do cinema. É um evento em que os sonhos e esperanças ganham posição de destaque. Uma delas, a de que as crianças brasileiras possam ver cada vez mais sua própria cultura nas telas de cinema e tevê. “É uma questão de segurança nacional”, disse alguém num dos debates. A gente chega lá.
Três momentos especialmente marcantes pra mim: o comentário da querida amiga Gilka Girardello, professora da UFSC, de que só vamos perceber todo o alcance da Mostra daqui a vinte anos, quando essa platéia de crianças e adolescentes estiver adulta, produzindo e criando; Alemberg Quindins, da Fundação Casa Grande, com seu sotaque cearense que me é tão familiar, lembrando que a infância é um estado de espírito e que ele, aos 42 anos, tem um quarto de brinquedos e almoça e janta pra esperar a sobremesa; e os olhos azuis brilhantes da Heleninha Gassen, atriz do curta Leste do Sol, Oeste da Lua (de Patrícia Monegatto Lopes), ao me contar que tem vontade de trabalhar em cinema ou televisão quando crescer. Foram dias bem felizes e encantados. A Mostra encerra hoje com o anúncio do melhor filme escolhido por júri infantil e com duas apresentações do novo espetáculo do grupo Palavra Cantada, com nome bem adequado a esta celebração da diversidade cultural: Carnaval.
Fotos: Cleide de Oliveira
p.s.: O filme vencedor da Mostra foi O mistério do cachorrinho perdido, do diretor paulista Flávio Colombini.
p.s.2: Galeria de fotos do show do Palavra Cantada (por Cleide de Oliveira).
08
Jul08
07
Jul08
A cor da voz
O Diário Catarinense de hoje traz entrevista da repórter Alícia Alão com meu irmão Leonardo Camillo sobre dublagem. Neste fim de semana ele fez uma oficina pra 15 crianças e pré-adolescentes durante a 7a. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Se você já viu filmes dublados com Nicolas Cage, John Travolta, Kevin Costner, Pierce Brosnan (007), o Jesus de Zefirelli, o Ikki de Fênix da série de animação Cavaleiros do Zodíaco e o dinossauro Barney, entre tantos outros, com certeza já ouviu a voz dele. Trecho:
DC – E o mercado, como está?Camillo
– É um mercado restrito em termos de elenco. Porque formar um elenco de dublagem não é da noite pro dia. É diferente de qualquer outro meio de interpretação, do teatro, da TV, do cinema. É uma coisa muito específica e não trabalha só com interpretação, mas também com uma parte técnica que muita gente não consegue se adaptar. Muitos entram na dublagem e não têm paciência pra crescer na área, porque no começo não compensa financeiramente. Você acaba se afastando. Fica quem realmente gosta. Transformar um dublador para fazer grandes papéis, papéis centrais, demora no mínimo uns cinco anos. O elenco acaba sendo umas 300 pessoas, mais ou menos, e só em RJ e SP. Mas trabalho tem bastante!DC – O dublador não tem tanto reconhecimento do público quanto um ator de TV ou teatro. O que você acha disso?
Camillo – Nunca fui um carreirista, que faz para aparecer. Meu objetivo sempre foi interpretar. Eu me sinto com sucesso. Acontece que a dublagem sempre foi muito presa ao estúdio, anônima mesmo. Eu costumo dizer que dublagem tem um divisor de águas, há uns 12 anos, antes e depois de Cavaleiros do Zodíaco. Depois do Cavaleiros, começou um movimento nacional de fãs de anime. Tem eventos de anime em todas as regiões do país, todos os anos. E eles veneram o trabalho dos dubladores. Sabem tudo o que a gente faz, respeitam, reconhecem, querem saber, pedem autógrafos. Semana que vem estarei em Fortaleza, na outra em Recife, sempre nesses eventos, dando palestras, fazendo oficinas. Depois de Cavaleiros do Zodíaco, a coisa saiu do estúdio, os fãs sabem muito mais que eu das coisas que eu faço. Então saiu do anonimato.
p.s.: Alícia é uma repórter de texto sensível e afiado, com grande senso de observação pros detalhes, como o que ela captou pra abrir a matéria e virou título. Uma das melhores coberturas da Mostra tem sido a dela. Feliz do editor que pode contar contar com alguém assim na equipe.
03
Jul08
Mostra itinerante em Palhoça
Nesta quarta-feira às 14h30, 220 crianças se acomodaram nas cadeiras do Clube 7 de Setembro, em Palhoça, pra mais uma sessão itinerante da 7a. Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Muitas delas, vindas de bairros carentes, tiveram que caminhar meia hora pra chegar ao local da exibição. O esforço compensou. Quando as luzes se apagaram, a tela iluminada se refletiu em olhos brilhantes de encantamento. Em um município onde as opções culturais pro público infanto-juvenil são quase inexistentes, 1.200 crianças foram beneficiadas nos últimos dias. Estive lá com os colegas Cleide e Vinicius pra fazer uma matéria e o making-of da Mostra. Adorei ver aquilo de perto. As coisas mais bonitas da vida são assim, de uma simplicidade quente como a luz projetando histórias e o cheiro de pipoca.
Foto: Cleide de Oliveira
03
Jul08
Pintura que liberta
Uma tela gigante com o tema Eu no mundo está sendo produzida no Centro Integrado de Cultura (CIC) por 15 crianças do Projeto Esperança, vindas da comunidade Chico Mendes, na parte continental da capital. Elas participam da oficina Palavra Pintada, que integra a 7ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Ministrada pela artista Sofia Camargo e pelo percussionista e massagista Marcelo Melão, a oficina motiva as crianças a expressar o que pensam de si mesmas e do mundo, por meio da dança, do canto e do conhecimento do próprio corpo. O resultado do trabalho vai ser apresentado ao público na abertura do show do Grupo Palavra Cantada, que encerra a Mostra no dia 13 de julho. Ontem acompanhei um pouco da oficina e depois entrevistei a Sofia. Fiquei emocionado com o alcance desse trabalho. Quem dera houvesse mais Sofias e Marcelos por esse Brasilzão pra levantar a auto-estima da meninada desamparada.







