21
Oct10
The big voyage
Tou há dias pra escrever sobre isso, mas a a fase é de correria, como você deve ter notado pelo espaçamento entre os posts. Há mais ou menos um mês, nossos amigos Eirik e Hélène Chambe-Eng, acompanhados dos filhos Adrian (12 anos), Viktor (10) e Iseline (7), trocaram o aconchego de sua casa em Oslo por uma aventura que é o sonho de muita gente: dar a volta ao mundo. Depois de meses de planejamento, definição do roteiro e providências práticas, eles começaram em grande estilo, voando pra San Francisco. Visitaram o Grand Canyon e outros lugares / amigos, foram pra Costa Leste e estão agora em New York. Daqui a pouco tempo, vão estar na Amazônia peruana. Em The big voyage, meu amigo viking está narrando com estilo e humor os deliciosos desafios de conhecer o planeta com três crianças durante sete meses. O nome do blog – que é bilíngue, em inglês e francês – se refere à família multicultural: Eirik e as crianças são noruegueses, Hélène é francesa.
Apenas duas cidades brasileiras estão incluídas no roteiro: Foz do Iguaçu e… Floripa! Sim, a grande notícia é que os amigos vêm nos visitar no fim do ano. A última vez que nos encontramos foi na primavera de 1997, quando nos hospedamos na casa deles em Oslo. Viajamos juntos pela Noruega (entre os lugares incríveis, o fiorde Preikestolen, da foto) e depois nos reencontramos em Praga. Sintonia perfeita entre dois casais então sem filhos. Havíamos nos conhecido numa viagem à Patagônia, em 1996, quando demos umas mochiladas juntos. Agora eles vão pintar pra uma visitinha com a prole, antes de prosseguir viagem rumo à Argentina, Chile, Polinésia e Austrália. Vai ser um verão divertido. Acho que vamos ter um bom futebol de praia.
Bacana, hein? Mas uma coisa no teu texto me chamou a atenção. Tu escreveu “(..) trocaram o aconchego de sua casa em Oslo por uma aventura que (..)”. Coisa pequena, periférica, mas achei curioso [risos]. Imagino que não tenha sido escrito por acaso… Mesmo pros apaixonados por viagem, como nós, isso às vezes é um desafio, não? Sei lá, talvez eu esteja viajando (figurativamente [risos]), mas desconfio que tu não escreveu dessa forma só para esticar a frase, mas por ser algo que tu já tenha enfrentado, algo que tu não deixa de associar a “viagem”. Acho que aquele livrinho do Onfray fala disso, a eminência de algo desconhecido e tal.