Posts com a categoria ‘miguelices e brunitezas’

29

Sep

11

A vitória dos cadarços

Bruno conseguiu amarrar os cadarços dos sapatos pela primeira vez. Ficou eufórico, uma conquista pros cinco anos. Ganhou até beijos do pai e da mãe. Aí chegou o Miguel: “Agora vem o irmão mau: Faz de novo!”

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04

Sep

11

Miguelice da meditação

- Mãe, você esvazia a cabeça dos pensamentos quando tá meditando?

- Sim.

- Então você deixa de pensar na gente?!

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04

Sep

11

Bruniteza da meditação

Bruno me pergunta: – Pai, o que é meditar?

Respondo meio toscamente: – É prestar atenção na respiração, esvaziar os pensamentos da cabeça…

- Vou ali meditar – diz. Vai pro quarto dele e volta um minuto depois.

- Já meditou?

- Já. Foi rápido, eu só tinha um pensamento.

- Qual?

- Uma luva de goleiro.

- Você não quer mais a luva?

- Quero. Vou botar de novo o pensamento na cabeça, pra lembrar do que vou pedir no dia das crianças.

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28

Jul

11

Miguelices: o futebol e eu

Minha atuação no futebol se resume a duas palavras, disse o Miguel: fominha e cavalo.

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26

Jul

11

Miguelices: origami

Meninos foram brincar de origami na casa do amigo. Comentário do Miguel:

- Eu ia fazer um canguru e saiu um pinguim.

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24

Jun

11

Camarão com gengibre ao vinho e limão

Hoje no almoço o Bruno fez o melhor elogio que já recebi na cozinha:

- Quero provar todas as comidas do mundo e ver qual é a melhor. Por enquanto é esse camarão.

A receita (pra três porções razoáveis ou duas generosas): descascar meio quilo de camarão grado. Espremer um limão rosa num copo e misturar com uma talagada de vinho tinto, gengibre picado em pedacinhos, pimenta do reino, um pouco de molho shoyu e sal (sem exagero, pois o shoyu já é salgado). Despejar o conteúdo do copo na vasilha do camarão e deixar marinando, enquanto prepara arroz (fiz branco, mas prefiro integral), descongela o feijão, frita alho pra temperar os dois e adianta a louça suja na pia. Numa panela com pouca água e uma pitada de sal, cozinhar cenoura e batatinhas, o suficiente pra ficarem al dente (cozinhar no vapor é ainda melhor). Numa outra panela, esquentar azeite de oliva e fritar a cebola até deixar dourada. Adicionar a cenoura e as batatinhas. Escorrer o molho do camarão numa vasilha à parte e reservar. Fritar o camarão no azeite por uns três minutos. Em seguida, adicionar o molho e deixar refogar mais uns dois ou três minutos. Voilà.

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25

Feb

11

E as sereias

Ontem foi o primeiro dia do Miguel na escola de inglês. Um pequeno passo pra um menino de oito anos, um grande passo pra humanidade. Ele gostou bastante. Vários colegas da escola estão na mesma turma. “Brincamos de desenhar monstros e de jogar videogame, mas não podia escolher o jogo”, contou. O estudo sistemático começa num bom momento, em que ele ainda tá com a cuca fresca, já se alfabetizou na língua mãe (e pai), tá motivado e consciente da importância de aprender a língua internacional.

Quando Eirik e Hélène, nossos amigos da Noruega, nos visitaram em dezembro, conversamos muito sobre o aprendizado de idiomas. Seus três filhos são bilíngues “de berço”, pois o pai é norueguês e a mãe, francesa. Eles pesquisaram bastante o assunto, pra ver como educavam melhor as crianças. E adotaram o método de cada um falar com os filhos em sua língua materna. Assim, os pequenos cresceram falando naturalmente as duas línguas sem esforço.

Eirik comentou uma coisa interessante que eu já tinha ouvido falar: até 10 ou 11 anos de idade, a gente aprende línguas estrangeiras que é uma beleza, a coisa flui naturalmente. Depois, alguma coisa acontece no nosso cérebro e as coisas vão se tornando cada vez mais difíceis. Quanto mais cedo, melhor. No caso do Miguel, o contato com o inglês vinha desde a pré-escola (sem falar nos videogames, youtube etc.), mas pra colocá-lo num curso a gente esperou a alfabetização em português estar consolidada. Os especialistas recomendam essa espera pra não bagunçar o processo de letramento, embora o Eirik discorde (alguém aí com conhecimento de causa quer comentar?).

Enfim, tou bem feliz. Estudar inglês me abriu as porteiras do mundo: viagens, amigos, livros, cinema, trabalho. Comecei “tarde”, aos 12 anos. Is this a book? perguntava o teacher. O pessoal respondia, Yes, it is – e eu entendia “E as sereias”. Hoje me dou conta do sacrifício enorme que meus pais fizeram pra pagar por essas aulas. Valeu cada minuto. Cedo ou tarde, sempre é tempo pra começar, né? Nelson Rodrigues dizia que o adulto leva a criança enterrada em si como um sapo de macumba. Então, em algum lugar deve tar também a capacidade de aprender até maravisto e lagoaen, as duas línguas que o Bruno inventou.

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09

Jan

11

Em alfabetização

Bruno acordou hoje e pediu pra gente dizer palavras pra ele soletrar. Acertou quase todas. Mesmo pra quem acompanha o crescimento dos filhos dia após dia, há gratas surpresas. Elas parecem “saltos”, mas são a consequência natural de uma evolução cotidiana no entorno das letras. Há poucas semanas, ele tirou carteira de identidade e, no lugar da assinatura, colocaram um carimbo “Em alfabetização”. Logo essa informação vai estar desatualizada. Ou, quem sabe, todos devíamos ter o mesmo carimbo nos nossos RGs?

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28

Dec

10

Brunitezas: Google Docs

Dando uma geral no google docs, encontrei um documento sem título. Fui ver o que era e achei isso: brunoijhgbzdstwqy

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03

Nov

10

Miguelices: doença sem A

Conversando com Miguel na hora de dormir:

- Pai, qual é a doença que mais mata no mundo?

- São as doenças cardíacas, filho. Do coração [no Brasil é o AVC, li depois]… Por que você tá preocupado com isso? Quer ser médico quando crescer?

- É que no começo da aula a gente brinca de forca. Quero encontrar uma palavra bem grande, como esses nomes de doença. E sem a letra A, pra ficar mais difícil.

Fiquei devendo essa.

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